Nestes últimos dias apenas tinha na ideia o pensamento de chegar a New Jersey. Um amigo que aí vive disse-me que podia aparecer por lá que ele iria receber-me com mais uns amigos dele.
Combinámos as coisas para sábado à tarde.
Na saída de Ellsworth há uma antiga ponte suspensa ao lado da nova. Parei para uma foto e depois ainda tentei descer ao nível do rio para ver noutra perspectiva só que havia um pequeno forte nessa zona e era preciso pagar a entrada. Achei que não valeria a pena.
Ainda pensei chegar a Boston nesse dia mas o trânsito era muito e iria chegar de noite. Fiquei um pouco antes.
Na manhã seguinte resolvi seguir pelo centro da cidade mas foi má ideia. Saí da auto-estrada para não pagar a portagem numa ponte e meti-me no meio da confusão do trânsito urbano.
Andei às voltas até que tive de pagar para passar num túnel. Não havia outra forma de atravessar o rio.
No centro da cidade vi alguns edifícios antigos mas não se podia parar. Muita gente por ali e nada de estacionamentos, não queria deixar a moto longe e com tudo em cima e andar por ali a pé. Continuei.
Algumas estradas secundárias tornam-se cansativas com muitos semáforos mas servem para passar nalgumas cidades, como Westerley, onde se pode parar.
Voltei à auto-estrada mas pouco tempo depois saía outra vez, anda-se muito rápido. A velocidade é menor que em Portugal mas ainda não me adaptei a andar acima dos cem quilómetros por hora.
Quando regressar vou ter de reaprender.
Cheguei ao ponto de encontro com tempo para almoçar. No final esperei uns dez minutos e chegou o grupo composto pelo Eusébio e a mulher, Natividade, e alguns amigos deles, o Rodo, o Raposo, o Cerqueira e a mulher Cila e ainda o Mani Alves.
Fomos tomar um café e conversar um bocado.
Arrancámos para New Jersey e fomos seguindo por uma estrada secundária durante alguns quilómetros só que eram demasiados semáforos. Voltámos à auto-estrada e num ponto em que há uma portagem encostámos todos e fez-se a fotografia do grupo, que eu tinha esquecido antes de arrancar.
Obras na estrada fizeram-nos desviar do rumo certo e entrámos em New York pela ponte George Washington.
Seguimos ao longo do rio num pára arranca durante uns quilómetros.
Para atravessar o rio foi preciso, aí sim, entrar dois ou três quarteirões na cidade para ter acesso ao túnel Lincoln. Aqui é que foi do piorio, o pára arranca continuava e calor dentro do túnel era demais. O ponteiro da temperatura do motor quase que chegava ao vermelho, mas a moto aguentou sem se queixar.
Mesmo ao cair da noite chegámos a New Jersey, Hillside, a casa do Eusébio.
Um pouco de conversa e a seguir a um duche fomos jantar. Um grupo bem simpático e que sabe receber bem, à boa maneira portuguesa.
No domingo de manhã fui com o Eusébio e o J. Carlos Rodo dar uma volta de moto até New Hope, uma pequena cidade ainda com muitas construções antigas, local onde os motociclistas da região param para um café ou almoçar. Regressámos ao final da tarde.
O primeiro dia para ir a Nova Iorque ficou sem efeito, logo de manhã a chuva era muita e achei que não seria agradável andar por lá à chuva.
Na terça-feira foi a mesma coisa, chuva todo o dia.
Finalmente, na quarta-feira, fui ver a grande cidade.
Fui de comboio com o Rodo e o filho dele, Ricardo, até Nova Iorque. Na chegada ele deu-me algumas indicações e foi trabalhar.
Andei por ali a ver a zona de Wall Street.
Junto ao rio vi as pontes de Brooklyn e Manhattan.
Ao longe via-se a estátua da liberdade e ainda fiquei a matutar se valeria a pena ir até lá, mas não.
Sei que não vai faltar quem me dê cabo do juízo por não ir até lá mas não sou fanático por grandes cidades nem preciso de ir a todos os lugares.
Deambulei pelo bairro chinês.
A certa altura vi o acesso para a ponte de Brooklyn de onde se podia apreciar um pouco da cidade e atravessei-a quase até ao outro lado.
Não faltavam turistas por ali e várias vezes ouvi falar português. Voltei ao centro.
Ao final da tarde voltei com o Rodo e o filho. O Eusébio passou na estação e trouxe-me para casa.
Não tenho palavras para agradecer todo o apoio e carinho com que fui recebido pelo Eusébio e sua esposa, Natividade.
Agora só falta, no sábado, entregar a moto no transitário e comprar a passagem para mim.
O final da viagem chegou mas ainda quero voltar a Nova Iorque se o bom tempo ajudar, não quero andar por lá à chuva.
Hillside, NJ
4 comentários:
pois é, mais uma página brilhante nesse livro da tua vida. É com saudade que temos acompanhado a tua jornada, mas também fica a pena por ir deixar de "ver" tantos lugares a que nos levaste....
Paulo
Hufa!
Até o final tinha de ser “em grande”!(nos amigos e na cidade)
Linda a foto da travessia da ponte.
Bem… quem tem a estátua da liberdade ali “à mão”, e vai para o bairro chinês… Ai! Ai! ,para isso tem Vila do Conde todos os dias!
Mas tem razão, pode dar-se ao luxo de escolher onde vai, liberdade já é a sua imagem de marca, não é?
Bom regresso!
T.
Olá Tone
Nota-se que Nova Iorque sempre conseguiu alguma da tua admiração, "apesar" de ser uma grande cidade. É verdade, podias ter ido até à estátua...
As fotos podiam dar para fazer postais.
Bom regresso
Cândido
Grande Viagem Queirós! Correu tudo muito bem e proporcionaste nas tuas msg acompanharmos quase ao pormenor as tuas andanças por sítios mt interessantes!
Bom regresso
Um Abraço,
fernando
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