sábado, janeiro 24, 2009

Ainda em Ibarra

Não tenho nada de especial para contar.
Ainda tenho de aguentar mais duas semanas, para ver se fico em condições de continuar.
Os dias vão passando lentamente.
Desta vez só escrevo isto para aqueles que lêem as minhas notas de viagem saberem que ainda estou por aqui e com vontade de continuar.
Agradeço todas as palavras de apoio que me enviaram nesta ocasião menos boa. Mas se por azar não me sentir em condições de seguir, pelo menos estes meses que já andei por aqui foram espectaculares e valeram a pena ter vindo até este lado do mar.
Mas daqui a duas semanas quero poder dizer que vou seguir para a Colômbia.

Ibarra, N 00º 21,548’ W 78º 08,032’

domingo, janeiro 11, 2009

Paragem forçada em Ibarra

Nesta crónica da viagem não tenho muito para dizer.
Desde a semana passada estou em Ibarra em casa de uma família equatoriana. Vou dizer porquê. Quando estava a atravessar Ibarra, uns cem quilómetros antes da fronteira com a Colômbia, tive um pequeno acidente. Caí com a moto sobre o ombro esquerdo. Fui a um hospital e após uma radiografia vi que tinha o ombro deslocado.
Pensei que a minha viagem iria acabar aqui. Um camionista que passava acompanhou-me ao hospital e depois de tudo tratado disse que podia ficar em sua casa até recuperar.
A família com quem estou é constituída pelo Adam, a mulher Pilar e os cinco filhos Esteban, Wilington, Anderson, Jordan e Joao.
Na noite de 31 fui jantar com eles, mas o Wilington e o Anderson estavam para Quito.
A cidade de Ibarra fica num vale rodeado de montanhas onde três vulcões, inactivos, marcam presença. O Imbabura é o mais alto mas está sempre encoberto pelas nuvens.
A moto ficou em casa de um irmão e agora tenho pelo menos mais uma semana para ver se fico em condições de prosseguir. Depois verei o que fazer.
Num destes dias fui com ele e um dos filhos ver a lagoa Yahuarcocha que fica aqui perto. À volta da lagoa há uma estrada que faz parte de um circuito de velocidade.

Tenho saído muito pouco e vou fazendo alguns exercícios para ver se consigo recuperar a força e mobilidade no braço. Mas disseram-me que teria umas três semanas para ficar bem. Espero que no final da próxima já possa voltar à estrada.
A moto não teve grande coisa. Partiu um pouco da carenagem junto ao vidro e o suporte da mala esquerda entortou. A fechadura que prende a mala ao suporte partiu, mas acho que se pode reparar.
Agora só quero ficar em condições de continuar, senão… terei de regressar a casa, mas eu queria continuar mais uns por aqui.
Ibarra, N 00º 21,548’ W 78º 08,032’