À saída de Merlo
No dia da verdadeira partida, 11-10, estive sei lá quanto tempo a preparar e a meter tudo nas malas e a tirar outra vez para ver se conseguia encaixar tudo o que trazia. Lá consegui prender tudo na moto e nem queria acreditar que ia ter de andar com aquilo tudo. O Hamish disse que ao fim de alguns dias começava a ver que algumas coisas não eram necessárias e que iria dando ou enviando para casa o que fosse a mais.
Lá me fiz à estrada por volta do meio-dia e logo foi com alguma chuva . O meu GPS não estava a funcionar bem e estava um pouco hesitante sobre com as estadas certas para fazer todo o caminho. Felizmente ao fim de poucos quilómetros já estava tudo em ordem.
A caminho de Merlo, San Luis, para um encontro de Transalp. O primeiro na Argentina.
Tinha que ter cuidado porque por aqui os carros e camiões andam sempre muito rápido e não podia facilitar nada. Há longas rectas, com quilómetros de extensão, e grande parte das curvas são fáceis de fazer. Dava-me gosto rolar por aquelas planícies enormes onde havia lagoas e charcos com patos e outras aves aquáticas.
Na sexta-feira a chuva continuou até por volta do meio-dia. Uma das vezes que precisei de gasolina reparei que a corrente estava a ficar seca. O sistema de lubrificação da corrente de transmissão não está a funcionar. Tive de que comprar uma lata de spray lubrificante se não às tantas fico sem corrente. Vou tentar resolver o problema se não vou andar sempre preocupado com a corrente e não quero ficar parado no meio do nada.
A seguir e ao fim de duzentos e poucos quilómetros a moto começou a falhar e pensei que era mais alguma coisa que me ia acontecer, mas lembrei-me que podia ser a gasolina e mudei para a reserva e já deixou de falhar. Na primeira bomba enchi o depósito e vi que o consumo tinha sido maior que o normal. Foram muitos quilómetros com um vento lateral e frontal muito forte. Vou ter de prestar mais atenção aos abastecimentos porque já vi que às vezes se fazem quase cem quilómetros sem ver uma bomba de gasolina. Já me tinham dito que ao fim de duzentos quilómetros é preciso abastecer e é o que tenho feito.
As planícies estendem-se a perder de vista. São prados enormes onde se vê muito gado. Uma das vezes que a chuva parou sempre fui tirar umas fotos e houve logo bandos de mosquitos que me atacaram. Foi preciso despachar.
Na sexta fiquei em Merlo, Carpinteria, no parque de campismo onde se realiza o encontro.
No sábado de manhã fui lavar a moto pois estava toda suja de ter andado à chuva em estradas cheias de terra que as carrinhas largam por todo o ladoa.
O encontro juntou cerca de sessenta pessoas com Transalp de todas as cores e modelos. Até havia uma igual à minha.
Este pessoal das motos é igual em todo o lado. Jantei com um pequeno grupo, um “asado”, como chamam por aqui ao que nós chamamos churrasco.
A seguir houve um pequeno convívio onde se contaram umas anedotas e alguns cantaram e houve muita conversa. Todos muito admirados de um português andar a passear na Argentina.
No domingo de manhã estava a conversar com um grupo quando de repente a minha moto caiu para o lado. Com o terreno húmido e apesar de estar no descanso central, um dos pés enterrou-se na terra e foi tombo. Não estragou nada, apenas a protecção lateral entrou um pouco dentro. Houve logo alguns “Transalperos” que nem me deixaram fazer nada e fizeram eles a reparação necessária. Como sou o único estrangeiro, e logo de Portugal, têm uma atenção especial para mim.
À tarde mais um “asado”. Enquanto estava tudo na conversa houve um deles que me perguntou se podia ver as malas da moto. Na Argentina não se arranjam malas de alumínio, só importadas do Chile e mesmo assim muito caras (em Portugal também são). Quando as montei juntou-se tudo à volta da minha moto a perguntar de que marca eram e quanto custaram e…
Depois quizeram ver o GPS, tinha ali um suporte tão esquisito. Fartaram-se de tirar fotos à moto e a mim, também com eles pelo meio. Parecíamos uns artistas ou grandes personalidades.
Ao final da tarde começou um sorteio de prémios entre os participantes. Como era o único estrangeiro fui contemplado com um saco de depósito. Eu bem disse que já tinha um e não precisava mas não quiseram uma recusa. No final ficou combinado fazer um novo encontro em Mendonza em Abril do próximo ano. Quem sabe se eu poderei estar por lá.
Lá me fiz à estrada por volta do meio-dia e logo foi com alguma chuva . O meu GPS não estava a funcionar bem e estava um pouco hesitante sobre com as estadas certas para fazer todo o caminho. Felizmente ao fim de poucos quilómetros já estava tudo em ordem.
A caminho de Merlo, San Luis, para um encontro de Transalp. O primeiro na Argentina.
Tinha que ter cuidado porque por aqui os carros e camiões andam sempre muito rápido e não podia facilitar nada. Há longas rectas, com quilómetros de extensão, e grande parte das curvas são fáceis de fazer. Dava-me gosto rolar por aquelas planícies enormes onde havia lagoas e charcos com patos e outras aves aquáticas.
Na sexta-feira a chuva continuou até por volta do meio-dia. Uma das vezes que precisei de gasolina reparei que a corrente estava a ficar seca. O sistema de lubrificação da corrente de transmissão não está a funcionar. Tive de que comprar uma lata de spray lubrificante se não às tantas fico sem corrente. Vou tentar resolver o problema se não vou andar sempre preocupado com a corrente e não quero ficar parado no meio do nada.
A seguir e ao fim de duzentos e poucos quilómetros a moto começou a falhar e pensei que era mais alguma coisa que me ia acontecer, mas lembrei-me que podia ser a gasolina e mudei para a reserva e já deixou de falhar. Na primeira bomba enchi o depósito e vi que o consumo tinha sido maior que o normal. Foram muitos quilómetros com um vento lateral e frontal muito forte. Vou ter de prestar mais atenção aos abastecimentos porque já vi que às vezes se fazem quase cem quilómetros sem ver uma bomba de gasolina. Já me tinham dito que ao fim de duzentos quilómetros é preciso abastecer e é o que tenho feito.
As planícies estendem-se a perder de vista. São prados enormes onde se vê muito gado. Uma das vezes que a chuva parou sempre fui tirar umas fotos e houve logo bandos de mosquitos que me atacaram. Foi preciso despachar.
Na sexta fiquei em Merlo, Carpinteria, no parque de campismo onde se realiza o encontro.
No sábado de manhã fui lavar a moto pois estava toda suja de ter andado à chuva em estradas cheias de terra que as carrinhas largam por todo o ladoa.
O encontro juntou cerca de sessenta pessoas com Transalp de todas as cores e modelos. Até havia uma igual à minha.
Este pessoal das motos é igual em todo o lado. Jantei com um pequeno grupo, um “asado”, como chamam por aqui ao que nós chamamos churrasco.
A seguir houve um pequeno convívio onde se contaram umas anedotas e alguns cantaram e houve muita conversa. Todos muito admirados de um português andar a passear na Argentina.
No domingo de manhã estava a conversar com um grupo quando de repente a minha moto caiu para o lado. Com o terreno húmido e apesar de estar no descanso central, um dos pés enterrou-se na terra e foi tombo. Não estragou nada, apenas a protecção lateral entrou um pouco dentro. Houve logo alguns “Transalperos” que nem me deixaram fazer nada e fizeram eles a reparação necessária. Como sou o único estrangeiro, e logo de Portugal, têm uma atenção especial para mim.
À tarde mais um “asado”. Enquanto estava tudo na conversa houve um deles que me perguntou se podia ver as malas da moto. Na Argentina não se arranjam malas de alumínio, só importadas do Chile e mesmo assim muito caras (em Portugal também são). Quando as montei juntou-se tudo à volta da minha moto a perguntar de que marca eram e quanto custaram e…
Depois quizeram ver o GPS, tinha ali um suporte tão esquisito. Fartaram-se de tirar fotos à moto e a mim, também com eles pelo meio. Parecíamos uns artistas ou grandes personalidades.
Ao final da tarde começou um sorteio de prémios entre os participantes. Como era o único estrangeiro fui contemplado com um saco de depósito. Eu bem disse que já tinha um e não precisava mas não quiseram uma recusa. No final ficou combinado fazer um novo encontro em Mendonza em Abril do próximo ano. Quem sabe se eu poderei estar por lá.
Cada um foi para seu lado e eu também me preparei para continuar ou até ficar mais um dia. Só que de noite começou a chover e de manhã sempre continuei o meu caminho.
Estou agora em Alta Gracia, terra de Che Guevara, pois um dos que ficaram para segunda disse-me que podia dar uma pequena volta e passar pela casa-museu. Para mim foi bom ter podido visitar e andar na casa onde viveu um dos grandes símbolos do século XX.
Estou agora em Alta Gracia, terra de Che Guevara, pois um dos que ficaram para segunda disse-me que podia dar uma pequena volta e passar pela casa-museu. Para mim foi bom ter podido visitar e andar na casa onde viveu um dos grandes símbolos do século XX.
11 comentários:
Pois parece que finalmente estás a rolar e a divertir-te como pretendias. Quanto ao saco do depósito, monta-o em cima do banso e ainda levas mais uns presuntos e tintol para o que der e vier.
Um abraço
pedro leite
a viagem começa. e nós de poltrona a seguir-te. Grande abraço Queirós A. Pedro.
Olá Antonio!
Mi nombre es Gustavo. Vivo en Villa Carlos Paz, cerca de donde estás en estos momentos según leo en tu blog.
Tengo un amigo portugues, sócio del MCP (Moto Clube do Porto)
Pasarás por Villa Carlos Paz?
Gus
Finalmente já estás na estrada, parabéns!
Pelo que vemos tens conseguido fazer a ligação à internet, o que é óptimo para ires dando notícias. No cartaz da festa do Cogumelo e da Castanha que vai ser realizado a 27 e 28 em Celorico de Basto estás na primeira fila! Dá uma espreitadela se puderes: http://www.aventuradasaude.org/proximaactividade.htm
Um abraço
Cândido
Grande Queirós
Sempre a abrir na sua Transalp
Ainda bem que não foste de Varadero senão a esta hora estavas de regresso a casa :-)
Grande Abraço
Sauros
Amigo Queirós, que grande aventura!
A malta cá continua a seguir a tua viagem.
E como não pude ir despedir-me de ti ao MCP antes da partida aqui vai um abraço!
José Calheiros
Grande Queirós,finalmente na estrada,boa viagem e vai mandando notícias cá para os "imbejosos".
Caro Queirós,
Talvez ainda não compreendas o efeito que a tua viagem causa nas mentes dos "tristes" que por cá ficaram, mas se reparares no número de visitas ao teu blog (só ontem foram 69 ;-) podes ver que atingiste verdadeiramente o estatuto de "artista ou grande personalidade" (para usar as tuas palavras), pelo menos no universo MCP.
Continuação de uma grande viagem.
Saudações Transalpianas!
TransAlves
Estou a acompanhar esta tua grande aventura.Força
Um abraço
Lafayette
Olá amigo Queirós!! devo confessar que depois de ler a tua cronica o meu imaginário se situa por essas terras de Che Guevara (Homem de muita coragem e grandes aventuras que era amigo do amigo).
Força Queirós, para um motar a estrada não tem limites...
Mário Almeida
Então Sr. Queirós, finalmente começas a mostrar serviço!
Não te percas de asado em asado senão ainda te arriscas a fazer concorrência ao Seca Adegas. Bora lá a mandar fotos para o pessoal ver. Estamos todos pendurados no PC à espera de novidades. Faz uma boa viagem. Um abraço.
Enviar um comentário