Antes de sair de Arménia tinha de arranjar um seguro para não ter problemas com a polícia. Perguntei num pequeno escritório mas só me faziam um seguro para um ano. Mesmo assim indicaram-me um outro local onde poderia tentar ver se conseguia um para um tempo mais curto, 60 dias que me deram na entrada da Colômbia. Depois de uns telefonemas as moças do escritório conseguiram fazer-me um seguro para esses dois meses. Foi muito mais barato.
A estrada até Ibagué tem de atravessar as montanhas, a Cordilheira Ocidental, e vai num sobe e desce cheio de curvas. Os camiões são muitos e é preciso sair rápido depois de uma curva para conseguir ultrapassar com um mínimo de segurança. Como outros faziam o mesmo, de longe a longe aparecia um carro ou até um camião a ultrapassar outro mesmo a entrar nas curvas. Todos nos encolhíamos e felizmente nunca houve azar. A velocidade também era baixa.
Na saída de Ibagué segui a primeira indicação de Bogotá e comecei a estranhar ver muito poucos camiões. Quando parei para meter gasolina perguntei se ia bem para Bogotá e disseram-me que sim. Comecei a ver no mapa os nomes das localidades que ia passando e vi que tinha metido por uma estrada secundária. Era bastante boa e não tinha muito trânsito. Se calhar nem foi mau ter seguido essa estrada.
Quando a estrada desceu até uns 400 metros de altitude o calor começou a apertar. Tive de tirar o forro interior do blusão pois transpirava demasiado. Já na aproximação a Bogotá, tive de o voltar a vestir pois o frio começou a aparecer. A altitude voltava a aumentar até uns 2.600 metros, nível onde se situa a capital.
Mas já muito perto da cidade o trânsito era infernal. Com três filas de carros e camiões a rolar quase a passo nem a altitude conseguia amenizar o calor que sentia vindo de todos os motores a trabalhar. E as motos! Eram mais que muitas e sempre passando no meio das filas. Eu também ia tentando passar sempre que podia mas não queria arriscar muito.
Mesmo ao entrar na cidade, na periferia, começou a chover. Perguntei onde poderia encontrar um hotel e tentei seguir as indicações mas com a chuva e o trânsito é difícil manter o rumo. Encontrei um meio caro, 23 € por noite mas era um bom hotel. Depois vim a saber que nessa zona era tudo dentro desse preço. Havia a Feira da Moda de Bogotá num parque de exposições mesmo perto e até foi uma sorte encontrar um quarto vago.
Fui dar uma volta pelo centro da cidade mas não gostei muito do que vi. Parece e é uma cidade muito velha e por todo o lado havia casas e prédios degradados e a cair. Também é certo que havia obras em muitos sítios mas mesmo assim não gostei muito da cidade.
Por aqui as motos também são ao magotes, até vi um bairro, se se pode dizer isso, em que várias ruas quase só tinham oficinas e lojas de acessórios para motos. Aproveitei para comprar umas luvas. O par que tinha para usar nas horas de calor já derreteu. Não sei quantas vezes já cosi e pus uns remendos nas luvas. Agora estavam mesmo a ficar muito esburacadas.
A passagem por Bogotá foi só para conhecer uma pessoa. Tentei telefonar-lhe e ao fim de algumas tentativas consegui falar-lhe e marcar um encontro para essa noite para jantarmos juntos. Era a mãe da Giovanna, que conheci há uns tempos na Argentina. Ela insistia que quando passasse em Bogotá deveria conhecer a mãe.
Foi um serão muito agradável e a senhora era muito simpática.
No meio da conversa falámos nos pontos a visitar e ela disse que não deveria perder Villa de Leiva e Medellin. Eu ainda disse que não queria entrar nas cidades grandes mas ela insistia que Medellin não podia faltar no meu roteiro.
Quando nos despedimos fez-me prometer que se um dia voltasse à Colômbia tinha de voltar a visitá-la. Eu só prometi que sim.
No dia seguinte fiz um desvio para Villa de Leiva. A Giovanna já me tinha falado dessa terra e num dos guias que comprei dizia que merecia a pena uma visita.
Desta vez nem me enganei a sair de uma cidade grande como já me tem acontecido noutras. A estrada até Tunja estava cheia de obras. Em muitos pontos era preciso parar por causa das faixas de rodagem fechadas. Mas a paisagem ia compensando apesar de chuviscar, por vezes.
Ao início da tarde cheguei a Leiva. Depois de encontrar onde ficar ainda fui dar uma volta pela vila que não era muito grande. As ruas mais centrais estão calcetadas com pedras irregulares e para andar por ali magoava os pés e os tornozelos. Até quando cheguei na moto custava, por ter de ir devagar. A praça central era grande, li que seria a maior praça da Colômbia, também com pedras irregulares. A vila ainda mantém todo o casario como se fosse do tempo da sua fundação, quase não há casas novas. Mas tudo bem conservado e limpo.
Um par de horas foi suficiente para visitar a vila e no dia seguinte já dava para continuar.
Para ir em direcção a Medellin teria de atravessar a cordilheira central por uma estrada de terra. Perguntei como estaria e disseram-me que não devia ir por lá. Como estamos na época de chuvas a estrada estaria cheia de lama e seria perigoso. Poderia haver deslizamentos de terra.
Até os camiões ficam atolados, disse uma das pessoas.
Teria de voltar quase a Bogotá para seguir para norte outra vez. Havia uma outra estrada mais pelo interior que era bastante boa e sem muito trânsito.
Ao fim de uns quilómetros havia carros parados. Fui avançando a pensar que haveria um controlo ou algum acidente. Felizmente nada disso, apenas uma árvore que tinha caído e bloqueava a estrada. Mas já lá estavam alguns homens a tratar de desimpedir a passagem.
Nos arredores de Bogotá foi mais complicado passar pois não havia grandes indicações e o trânsito era demasiado.
Depois de Chia e do desvio para Cota começou a chover. Tive de vestir o fato de chuva pois era mesmo chuva forte e estava escuro para onde me dirigia. Felizmente parou de chover ao fim de alguns quilómetros, mas ainda terei andado mais de meia hora à chuva.
Cheguei a Honda ao final da tarde. Pensei que daria para fazer mais quilómetros mas o trânsito de camiões e a estrada nas montanhas não deixam andar mais depressa. Mas o que é preciso é chegar bem.
À noite, depois de comer, estive na conversa com o dono do hotel, o John, e uma empregada, a Pilar, um filho, o Diego, e um sobrinho, o Óscar. Fazia calor e andava muita gente na rua. Foi agradável estar ali umas horas.
O calor nem durante a noite abrandou e pela manhã até custava vestir o blusão com o calor, mas tinha de ser.
Mais montanhas e muitas curvas depois e estava perto de Medellin.
Uns motociclistas colombianos que tinha conhecido no Equador indicaram-me um hostal onde ficar mas só me deram o nome e o telefone. Entrei na cidade e a certo ponto tive de parar e pedir para telefonarem por mim a perguntar a direcção. Falar ao telefone é mais complicado perceber o castelhano desta gente.
Consegui chegar à zona mas não atinava com o lugar. Aquele quarteirão estava meio difícil de entrar. Tive de ir em contramão durante alguns metros e afinal o hostal não tinha garagem para a moto por estar com obras. Tive de ficar noutro um pouco mais acima.Andei às voltas por Medellin e gostei mais desta cidade do que de Bogotá. Por onde andei também vi alguns pontos com casas meio velhas mas no geral pareceu-me uma cidade moderna e com muita actividade.
Li que depois da guerra com os cartéis da droga a cidade começou a prosperar e agora está num nível de desenvolvimento elevado. Vêem-se muitos prédios novos e bairros bem arranjados.
Nao podia faltar uma passagem pela "Plazoleta de las Estatuas", de Botero.
Continuei para norte e ao longo de muitos quilómetros a estrada segue ao longo do rio Cauca. Sente-se e vê-se que é uma zona tropical. O calor é muito e a floresta que ocupa alguns espaços ainda não devastados pelo homem é muito densa.
As fazendas para criação de gado seguem-se umas às outras ao longo da estrada.
Nas casas ou melhor barracas que também se vêem ao longo da estrada as pessoas aproveitam as sombras para se tentarem refrescar e vender alguma coisa a quem passa. Mesmo a mim, apesar de ir de moto, ofereciam peixes enormes e gritavam para apregoar as suas mercadorias: fruta ou sumos e outras coisas mais.
Alguns quilómetros antes da costa o rio tinha alagado as margens e ainda se viam grandes extensões de água parada.
Passei por Barranquilla mas nem parei na cidade. Pareceu-me sem interesse e fui ficar numa povoação uns quilómetros à frente, Puerto Colombia.
Fui até à praia mas havia muito vento e as ondas faziam com que a água estivesse muito suja. A areia é muito escura e fina. Mas havia gente na praia.
Segui para Cartagena onde cheguei ao início da tarde. Mais uma vez um calor sufocante enquanto procurava o Hotel Holiday que a Carola e a Katharina me tinham indicado e onde poderia encontrar informação para passar para o Panamá.
A estrada através do Darien Gap não é transitável ou melhor dizendo deixou de existir há muitos anos. Foi abandonada quando as FARC andavam mais activas nessa região e a floresta voltou a tomar conta do espaço desbravado.
Mas antes de acabar por agora só uma foto do colete que tive de comprar quando entrei na Colômbia. Havia os verdes e cor de laranja mas o preto não destoava muito com o fato.
Cartagena, N 10º 25,343’ W 75º 32,694’
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sábado, fevereiro 28, 2009
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Na Colômbia, país do café
Esta saída de Ibarra parecia quase como a partida de casa, uns largos meses atrás.
Depois de seis semanas com esta família, foi como começar uma nova viagem. Levantei-me de madrugada para me despedir dos miúdos e dos mais graúdos pois entram muito cedo, às sete da manhã, na escola. O mais velho ia trabalhar também a essa hora.
Voltei a dormir um pouco e só pelas dez e tal da manhã arranquei. Agora com uma despedida dos pais e da avó.
Choveu durante a noite e ainda pensei que teria de adiar por mais um dia a partida mas a chuva parou já de manhã. Manteve-se sempre uma neblina que não permitia tirar fotografias em condições durante o percurso até à fronteira.
A burocracia nem foi tão complicada como me disseram que seria. Confirmei que tinha de comprar e usar um colete reflector com a matrícula da moto. Espero que uma lei como esta não se venha a aplicar em Portugal, apesar de há uns anos já se ter falado nisso a nível de União Europeia.
A estrada até Pasto segue por um vale muito agradável mas tem umas bermas muito estreitas e não dá para parar.
Depois de seis semanas com esta família, foi como começar uma nova viagem. Levantei-me de madrugada para me despedir dos miúdos e dos mais graúdos pois entram muito cedo, às sete da manhã, na escola. O mais velho ia trabalhar também a essa hora.
Voltei a dormir um pouco e só pelas dez e tal da manhã arranquei. Agora com uma despedida dos pais e da avó.
Choveu durante a noite e ainda pensei que teria de adiar por mais um dia a partida mas a chuva parou já de manhã. Manteve-se sempre uma neblina que não permitia tirar fotografias em condições durante o percurso até à fronteira.
A burocracia nem foi tão complicada como me disseram que seria. Confirmei que tinha de comprar e usar um colete reflector com a matrícula da moto. Espero que uma lei como esta não se venha a aplicar em Portugal, apesar de há uns anos já se ter falado nisso a nível de União Europeia.
A estrada até Pasto segue por um vale muito agradável mas tem umas bermas muito estreitas e não dá para parar.
Há muitos camiões e quando se cruzam é perigoso estar parado nesse ponto.
Quando entrei nessa cidade fiquei impressionado com a quantidade de motos a circular. São de pequena cilindrada, vi muito poucas com mais de 200 cc., e ainda se vêem muitas a dois tempos. Noutros países quase só via motos a quatro tempos.
Ao procurar um hotel, um taxista indicou-me uma zona onde havia bastantes à escolha mas só vi um com espaço coberto para guardar a moto.
Na saída de Pasto tive de atravessar a cidade e a certa altura um condutor perguntou-me para onde queria ir. Foi simpático da parte dele indicar-me a saída para Popayan.
As encostas das montanhas têm muito mais árvores que no Equador. Aí quase só se via erva.
Subindo e descendo, dos 3.000 até aos 2.000 metros e à s vezes menos, a estrada com muitas curvas seguia ao longo de um rio lá no fundo.
Nas subidas era impressionante o som dos motores dos camiões. O trânsito é muito intenso e muitas vezes as linhas duplas não existem, senão nunca mais se chega ao destino.
Até El Bordo a estrada tinha um piso impecável e bem marcado, até vi uns trabalhadores a lavar os rails. Não me lembro de ter visto isso em Portugal. A partir daqui a estrada começou a estar bastante degradada apresentando muitos pontos com desníveis acentuados por causa de aluimentos e às vezes buracos.
Em Popayan havia ruas fechadas por obras e depois de uma volta pelo centro sem ver um hotel onde ficar decidi seguir na direcção de Cali e ficar mais fora da cidade. Encontrei um pequeno, mesmo à saída. Não é grande coisa mas tem espaço para a moto.
A manhã estava de sol e fui ao centro ver como era a cidade. As ruas estavam bastante limpas e as casas todas pintadas de branco. Não vi grandes monumentos mas também já vi de sobra.
Depois de almoçar passei numa ponte antiga coberta de tijolo burro, como chamamos a esses pequenos tijolos maciços.
Ao procurar um hotel, um taxista indicou-me uma zona onde havia bastantes à escolha mas só vi um com espaço coberto para guardar a moto.
Na saída de Pasto tive de atravessar a cidade e a certa altura um condutor perguntou-me para onde queria ir. Foi simpático da parte dele indicar-me a saída para Popayan.
As encostas das montanhas têm muito mais árvores que no Equador. Aí quase só se via erva.
Subindo e descendo, dos 3.000 até aos 2.000 metros e à s vezes menos, a estrada com muitas curvas seguia ao longo de um rio lá no fundo.
Nas subidas era impressionante o som dos motores dos camiões. O trânsito é muito intenso e muitas vezes as linhas duplas não existem, senão nunca mais se chega ao destino.
Até El Bordo a estrada tinha um piso impecável e bem marcado, até vi uns trabalhadores a lavar os rails. Não me lembro de ter visto isso em Portugal. A partir daqui a estrada começou a estar bastante degradada apresentando muitos pontos com desníveis acentuados por causa de aluimentos e às vezes buracos.
Em Popayan havia ruas fechadas por obras e depois de uma volta pelo centro sem ver um hotel onde ficar decidi seguir na direcção de Cali e ficar mais fora da cidade. Encontrei um pequeno, mesmo à saída. Não é grande coisa mas tem espaço para a moto.
A manhã estava de sol e fui ao centro ver como era a cidade. As ruas estavam bastante limpas e as casas todas pintadas de branco. Não vi grandes monumentos mas também já vi de sobra.
Depois de almoçar passei numa ponte antiga coberta de tijolo burro, como chamamos a esses pequenos tijolos maciços.
A chuva ameaçava cair e regressei ao hotel, seriam umas três horas. Passei no mercado e vi as pessoas que se preparavam para regressar às suas aldeias com as compras ou vendas feitas.
Pouco depois começou a chover e bem até ao final da tarde.
Havia um grupo de anões no hotel. Quando estava a preparar tudo eles fartaram-se de me fazer perguntas sobre a moto e a viagem. Era um grupo que fazia exibições tauromáquicas.
A estrada até Cali continuava pelas montanhas mas lentamente desceu para um planalto onde as plantações de cana de açúcar enchiam todos os espaços disponíveis. Próximo da cidade passou a ser uma estrada com duas faixas para cada lado quase como uma auto-estrada.
Alguns comboios, camiões com quatro e cinco reboques, circulavam pela estrada transportando a cana.
Ao passar em Cali parei para abastecer. Logo a seguir juntou-se um grupo à minha volta querendo saber tudo sobre mim e sobre a moto. Estive mais de meia hora na conversa.
Mas o calor começou a ser bastante e a fome também por isso arranquei para ir almoçar já fora da cidade.
Num dos muitos controlos policiais que há ao longo da estrada, não falando dos controlos do exército, a polícia mandou-me parar para verificar os documentos. Como tinha tudo em ordem um deles pergunta-me pelo seguro. Eu disse que não tinha, que não tinha conseguido arranjar nestes primeiros dias na Colômbia. Ele deixou-me seguir sem me multar mas dizendo que se daqui a mais uns dias não o tivesse poderia ficar com a moto presa até conseguir um.
Tenho de ver se consigo o SOAT, seguro obrigatório para acidentes de trânsito, aqui em Arménia antes de continuar. É que os controlos são mais que muitos e nalgum deles vou ter de parar outra vez.
Pouco depois começou a chover e bem até ao final da tarde.
Havia um grupo de anões no hotel. Quando estava a preparar tudo eles fartaram-se de me fazer perguntas sobre a moto e a viagem. Era um grupo que fazia exibições tauromáquicas.
A estrada até Cali continuava pelas montanhas mas lentamente desceu para um planalto onde as plantações de cana de açúcar enchiam todos os espaços disponíveis. Próximo da cidade passou a ser uma estrada com duas faixas para cada lado quase como uma auto-estrada.
Alguns comboios, camiões com quatro e cinco reboques, circulavam pela estrada transportando a cana.
Ao passar em Cali parei para abastecer. Logo a seguir juntou-se um grupo à minha volta querendo saber tudo sobre mim e sobre a moto. Estive mais de meia hora na conversa.
Mas o calor começou a ser bastante e a fome também por isso arranquei para ir almoçar já fora da cidade.
Num dos muitos controlos policiais que há ao longo da estrada, não falando dos controlos do exército, a polícia mandou-me parar para verificar os documentos. Como tinha tudo em ordem um deles pergunta-me pelo seguro. Eu disse que não tinha, que não tinha conseguido arranjar nestes primeiros dias na Colômbia. Ele deixou-me seguir sem me multar mas dizendo que se daqui a mais uns dias não o tivesse poderia ficar com a moto presa até conseguir um.
Tenho de ver se consigo o SOAT, seguro obrigatório para acidentes de trânsito, aqui em Arménia antes de continuar. É que os controlos são mais que muitos e nalgum deles vou ter de parar outra vez.
Já muito próximo desta cidade começou a chover. Já por duas ou três vezes por volta das quatro da tarde a chuva aparece. Penso que vou ter de parar antes desta hora para evitar a chuva. A época da chuva é agora mas disseram-me que este ano não tem chovido muito, sorte a minha.
Entrei em Armenia debaixo de chuva, já mais suave, procurando um hotel onde ficar. Não vi nenhum com garagem e num que me pareceu melhorzito ainda perguntei mas além do preço alto também não tinha garagem. Mais à frente vi um que apesar de não ter garagem era metade do preço do outro. Tem condições razoáveis, apesar do quarto ficar virado para a rua e o barulho ser bastante. A moto teve de ficar num “parqueadero” coberto na rua ao lado e mesmo com o preço a pagar, 3-000 pesos por dia mais 3.000 por noite, ainda não será muito caro.
Para já parece que os preços não são maus.
Quando fui dar uma volta pela cidade não faltaram pessoas a pedirem-me dinheiro, se calhar tenho cara de turista, e senti algum receio em andar pelas ruas. Talvez por causa dos roubos em Lima e também porque todos dizem que é meio perigoso.
Na praça Bolívar havia um grupo a tocar música tradicional e aproveitei para tomar um café expresso, quase como os de Portugal, num quiosque ao lado e ouvir um pouco dessa música. Afinal a Colômbia tem o melhor café do mundo.
No fim do almoço ainda fui tomar um tinto. Não era vinho mas uma taça de café negro.
Só me falta dizer que o ombro tem-se aguentado sem me cansar. Apenas quando necessito de puxar a moto para manobrar ainda sinto alguma falta de força, talvez medo de forçar. Com a paragem os músculos estão meio atrofiados e também pode ser disso.
A terapeuta tinha-me dito que poderia seguir e que para recuperar totalmente ainda teria de aguentar mais um par de semanas. Espero bem que sim.
Armenia, N 04º 32,177’ W 75º 40,410’
Entrei em Armenia debaixo de chuva, já mais suave, procurando um hotel onde ficar. Não vi nenhum com garagem e num que me pareceu melhorzito ainda perguntei mas além do preço alto também não tinha garagem. Mais à frente vi um que apesar de não ter garagem era metade do preço do outro. Tem condições razoáveis, apesar do quarto ficar virado para a rua e o barulho ser bastante. A moto teve de ficar num “parqueadero” coberto na rua ao lado e mesmo com o preço a pagar, 3-000 pesos por dia mais 3.000 por noite, ainda não será muito caro.
Para já parece que os preços não são maus.
Quando fui dar uma volta pela cidade não faltaram pessoas a pedirem-me dinheiro, se calhar tenho cara de turista, e senti algum receio em andar pelas ruas. Talvez por causa dos roubos em Lima e também porque todos dizem que é meio perigoso.
Na praça Bolívar havia um grupo a tocar música tradicional e aproveitei para tomar um café expresso, quase como os de Portugal, num quiosque ao lado e ouvir um pouco dessa música. Afinal a Colômbia tem o melhor café do mundo.
No fim do almoço ainda fui tomar um tinto. Não era vinho mas uma taça de café negro.
Só me falta dizer que o ombro tem-se aguentado sem me cansar. Apenas quando necessito de puxar a moto para manobrar ainda sinto alguma falta de força, talvez medo de forçar. Com a paragem os músculos estão meio atrofiados e também pode ser disso.
A terapeuta tinha-me dito que poderia seguir e que para recuperar totalmente ainda teria de aguentar mais um par de semanas. Espero bem que sim.
Armenia, N 04º 32,177’ W 75º 40,410’
terça-feira, fevereiro 10, 2009
De volta à estrada.destino Colômbia
Parece que finalmente vou voltar à estrada.
Após quase duas semanas de terapia o ombro já está bom e quero continuar.
Amanhã, quarta-feira, espero entrar na Colômbia. Daqui de Ibarra serão umas três horas até à fronteira.
Neste domingo fui com parte da família onde estou até à laguna de Yahuarcocha para comermos um pescado e fazer uma espécie de almoço de despedida.
Parece que estou a sair de casa outra vez. Vai-me custar a partir mas tem de ser.
Conheci um pouco da cidade de Ibarra enquanto fazia as sessões de recuperação.
Após quase duas semanas de terapia o ombro já está bom e quero continuar.
Amanhã, quarta-feira, espero entrar na Colômbia. Daqui de Ibarra serão umas três horas até à fronteira.
Neste domingo fui com parte da família onde estou até à laguna de Yahuarcocha para comermos um pescado e fazer uma espécie de almoço de despedida.
Parece que estou a sair de casa outra vez. Vai-me custar a partir mas tem de ser.
Conheci um pouco da cidade de Ibarra enquanto fazia as sessões de recuperação.
No sábado fui a um mecânico para tratar da moto. Não tinha estragos de maior mas era preciso dar um jeito para ficar em perfeitas condições. O Charles fez um trabalho impecável endireitando tudo o que estava torto. Até algumas coisas que já há tempos andavam meio torcidas de outras quedas na Bolívia. No final ainda lavou a moto. O Jorge, que era o dono da oficina, também deu uma ajuda mas tinha outros afazeres.
Ao fim de seis semanas parada não hesitou em começar a andar outra vez. Também ela tem saudades de voltar a rolar.
Ao fim de seis semanas parada não hesitou em começar a andar outra vez. Também ela tem saudades de voltar a rolar.