Próximo de Chiclayo comecei a magicar que seria melhor passar a cidade, que é enorme e não muito segura segundo me disseram, e ficar mais à frente em Lambayeque. Esta cidade é como muitas outras. Tem a sua praça central com a igreja e o município só que aqui a maior actividade era próximo da estrada que liga a Chiclayo e Piura.
A partir daqui voltei a seguir para o interior montanhoso.
Alguns rios descem por vales abertos e nas suas margens há muitos campos de arroz. O clima por aqui deve ser muito favorável ao cultivo deste cereal pois viam-se campos onde andavam a plantar, outros a ceifar e ainda alguns onde estavam a preparar o terreno para a plantação. Não esquecendo de mencionar que havia muitos onde as plantas estariam a meio do seu crescimento.
Depois de passar o rio Marañon começa a região do Amazonas. O rio passa a chamar-se Amazonas depois de Iquitos, numa região com outro nome.
A estrada passava por um vale muito agradável. Obras em muitos pontos onde às vezes era preciso esperar um pedaço para se poder passar. Mesmo ao cair da noite cheguei a Pedro Ruiz Gallo, onde havia o desvio para Chachapoyas.
No dia seguinte foi preciso levantar-me às cinco da manhã para poder passar antes que fechassem a estrada. Havia um troço que fechava ao trânsito durante o dia.
Cheguei bastante cedo à cidade e no hostal onde fiquei disseram que tinham uma visita às ruínas de Kuélap às nove horas. Achei que era de aproveitar e fui também.
Peguei na mochila e meti-lhe água e comida e ainda o casaco do fato de chuva, não fosse dar-se o caso de ser preciso. Nas montanhas o tempo muda depressa e a época das chuvas começou agora em Dezembro.
Foram duas horas e meia para fazer setenta quilómetros por caminhos, quer dizer estradas, que nos levaram até aos 3.000 metros para visitar as ruínas de uma cidade pré-inca.
O povo chachapoya foi submetido pelos incas e a sua civilização desapareceu. Falta ainda fazer muito trabalho de limpeza e tratamento de todo o conjunto para se ter uma ideia melhor do que seria esta cidade.
O guia contava as histórias da cidade fortaleza com uma convicção que impressionava.
Peguei na mochila e meti-lhe água e comida e ainda o casaco do fato de chuva, não fosse dar-se o caso de ser preciso. Nas montanhas o tempo muda depressa e a época das chuvas começou agora em Dezembro.
Foram duas horas e meia para fazer setenta quilómetros por caminhos, quer dizer estradas, que nos levaram até aos 3.000 metros para visitar as ruínas de uma cidade pré-inca.
O povo chachapoya foi submetido pelos incas e a sua civilização desapareceu. Falta ainda fazer muito trabalho de limpeza e tratamento de todo o conjunto para se ter uma ideia melhor do que seria esta cidade.
O guia contava as histórias da cidade fortaleza com uma convicção que impressionava.
Ao início da tarde veio uma chuvada daquelas que quase não adianta ter impermeável. Além disso também caiu granizo e veio um vento frio que gelava as mãos.
No regresso já a chuva quase tinha parado mas a água ainda corria pelo monte abaixo. Em três ou quatro sítios pensei que íamos ficar bloqueados. Havia deslizamentos de terra e pedras que entupiam o caminho, mas lá se conseguiu passar.
Na cidade disseram que já há muito tempo não tinham uma chuvada tão forte e repentina.
Ainda me falaram se queria ir visitar mais umas ruínas mas eu disse que já chegava de ruínas por uns tempos. Estas ruínas de Kuélap têm algum interesse mas para mim já são só mais umas ruínas.
Agora tinha de voltar para trás pois queria ir ver a catarata de Gocta. Afinal a estrada que fechava ao trânsito também abria do meio-dia à uma e desta vez não foi preciso levantar-me tão cedo.
Quando cheguei a San Pablo a dona do único “alojamiento” não estava. Perguntei onde poderia almoçar e disseram-me que uma senhora à entrada da aldeia servia almoços. Fui até lá e a senhora disse que não servia almoços mas podia fazer-me uma refeição, só que tinha de esperar. Eu disse que não havia problema.
No regresso já a chuva quase tinha parado mas a água ainda corria pelo monte abaixo. Em três ou quatro sítios pensei que íamos ficar bloqueados. Havia deslizamentos de terra e pedras que entupiam o caminho, mas lá se conseguiu passar.
Na cidade disseram que já há muito tempo não tinham uma chuvada tão forte e repentina.
Ainda me falaram se queria ir visitar mais umas ruínas mas eu disse que já chegava de ruínas por uns tempos. Estas ruínas de Kuélap têm algum interesse mas para mim já são só mais umas ruínas.
Agora tinha de voltar para trás pois queria ir ver a catarata de Gocta. Afinal a estrada que fechava ao trânsito também abria do meio-dia à uma e desta vez não foi preciso levantar-me tão cedo.
Quando cheguei a San Pablo a dona do único “alojamiento” não estava. Perguntei onde poderia almoçar e disseram-me que uma senhora à entrada da aldeia servia almoços. Fui até lá e a senhora disse que não servia almoços mas podia fazer-me uma refeição, só que tinha de esperar. Eu disse que não havia problema.
Andei um pouco por ali com o neto e fui ver os “chanchos” que tinham nascido no dia anterior.
A cascata de Gocta foi descoberta para o mundo por um alemão há uns cinco anos atrás. Dizem que é a terceira mais alta do mundo com 771 metros.
Para lá chegar foi preciso caminhar duas horas e meia quase sempre a subir. Mas valeu a pena pelo espectáculo e pela paisagem que se via durante o percurso.
Para lá chegar foi preciso caminhar duas horas e meia quase sempre a subir. Mas valeu a pena pelo espectáculo e pela paisagem que se via durante o percurso.
Ainda tentei ir à base do primeiro degrau mas a nuvem de água que se levantava era tal que parecia chuva. Fazia vento e andar nas rochas era assustador. Melhor voltar para trás.
No dia seguinte parti com a ideia de chegar próximo da fronteira para no outro dia de manhã atravessar para o Equador.
Depois de passar Pedro Ruiz havia um deslizamento de terra de um morro que quase tapava a estrada. Esperei até perto das onze da manhã para ver se daria para passar mas o que via era a terra e as pedras a rolar monte abaixo. Voltei para trás uns dois quilómetros e fiquei no mesmo hotel onde tinha ficado antes.
Só perto das seis da tarde o trânsito foi aberto.
Na manhã seguinte quando arranquei ia na dúvida se poderia passar pois não tinha ouvido nem visto camiões a passar desde que acordara. Tinham-me dito que se podia passar.
Ao chegar ao ponto crítico era a mesma situação do dia anterior. O trânsito parado pois não se podia passar. Mas andava uma máquina na estrada a limpar as pedras e passados uns cinco minutos os carros começaram a passar um de cada vez, sempre sob indicação dos trabalhadores que estavam a tratar da limpeza.
Depois de passar Pedro Ruiz havia um deslizamento de terra de um morro que quase tapava a estrada. Esperei até perto das onze da manhã para ver se daria para passar mas o que via era a terra e as pedras a rolar monte abaixo. Voltei para trás uns dois quilómetros e fiquei no mesmo hotel onde tinha ficado antes.
Só perto das seis da tarde o trânsito foi aberto.
Na manhã seguinte quando arranquei ia na dúvida se poderia passar pois não tinha ouvido nem visto camiões a passar desde que acordara. Tinham-me dito que se podia passar.
Ao chegar ao ponto crítico era a mesma situação do dia anterior. O trânsito parado pois não se podia passar. Mas andava uma máquina na estrada a limpar as pedras e passados uns cinco minutos os carros começaram a passar um de cada vez, sempre sob indicação dos trabalhadores que estavam a tratar da limpeza.
Apesar de ainda caírem algumas pedras e terra dava para passar sem grande problema.
Os últimos cinquenta quilómetros antes de San Ignacio passaram a ser de terra ou melhor o asfalto estava em tão mau estado que quase não existia e era só terra.
Os últimos cinquenta quilómetros antes de San Ignacio passaram a ser de terra ou melhor o asfalto estava em tão mau estado que quase não existia e era só terra.
A estrada até à fronteira não era má de todo e não tinha movimento.
No lado peruano foi só carimbar a saída e entregar o papel da moto.
Entrei no Equador por volta das onze da manhã. Dirigi-me às Migrações para carimbar o passaporte mas estavam lá duas pessoas e o funcionário da alfândega disse-me para ir lá para ir adiantando. Disse que tinha de entregar três fotocópias do passaporte, do livrete e da carta de condução para tratarem da importação temporária da moto.
O problema é que não havia onde tirar fotocópias. Tive de regressar ao Peru para isso. Ninguém disse nada quando voltei a atravessar a ponte e fui a uma loja tirar as tais fotocópias.
No lado peruano foi só carimbar a saída e entregar o papel da moto.
Entrei no Equador por volta das onze da manhã. Dirigi-me às Migrações para carimbar o passaporte mas estavam lá duas pessoas e o funcionário da alfândega disse-me para ir lá para ir adiantando. Disse que tinha de entregar três fotocópias do passaporte, do livrete e da carta de condução para tratarem da importação temporária da moto.
O problema é que não havia onde tirar fotocópias. Tive de regressar ao Peru para isso. Ninguém disse nada quando voltei a atravessar a ponte e fui a uma loja tirar as tais fotocópias.
Quando regressei ao Equador começaram a preencher o formulário, no computador, e tinha de ir ajudando a dizer o que precisavam. Mas houve um problema pois diziam que a matrícula e a placa de circulação não podiam ter o mesmo número. Finalmente, depois de muito falar e tentar saber o que eles queriam lá puseram um número que aparece no livrete. Espero que não haja problema quando for a saída. Ao fim de quase duas horas consegui arrancar.
Ao fim de uns dez quilómetros havia um controlo do exército e tive de mostrar o passaporte.
O percurso é espectacular sempre pelas montanhas verdes. A estrada vai quase sempre a meia encosta e vêem-se as montanhas do outro lado do vale cheias de árvores.
Ao fim de uns dez quilómetros havia um controlo do exército e tive de mostrar o passaporte.
O percurso é espectacular sempre pelas montanhas verdes. A estrada vai quase sempre a meia encosta e vêem-se as montanhas do outro lado do vale cheias de árvores.
Escreve quando te apetecer!!!!!
ResponderEliminarBom Natal para Ti Tambem e Boa Viagem.
Graciano
Rui,
ResponderEliminarLegal que passou lá no ajanelalaranja.com assim pude conhecer e agora vou acompanhar sua viagem.
Abs!!
Marcio
Votos de Feliz Natal e Bom Ano Novo, com muitas e boas curvas
ResponderEliminarPedro Leite
Viva, António!
ResponderEliminarEstamos a acompanhar, desde o início, a tua viagem fantástica!
Feliz Natal, são os votos de Zé Daniel, Alice e Sara.
Quando puderes e/ou quando quiseres vai escrevendo.
ResponderEliminarPara ler as tuas crónicas não é preciso paciência. Apenas para esperar pela próxima ;-)
Continuação de boa viagem, agora que te encontras perto de cruzar essa linha imaginária do equador.
Um bom Natal para ti.
(será possível arranjares por aí bacalhau?)
Abraço,
Joaquim (Trans)Alves
Mais uma vez os meus parabens e obrigada pela partilha da viagem.
ResponderEliminarUm Bom Natal para Ti ( Amigo estamos contigo)
Um grande abraço
Rui Baltazar
Fantástico!
ResponderEliminarAdoro aventuras como estas. De moto talvez seja demasiado radical para mim, o máximo que fiz foi conhecer a Costa Rica de jeep em estradas de lama. Já vivi várias aventuras em viagens mas nada semelhante...ganhaste uma fã!
Virei cuscar as tuas novas etapas.
beijinhos
Olá António!
ResponderEliminarEquador à vista! Que tudo continue a correr pelo melhor contigo! E como o Natal se aproxima o mais que te desejo é que encontres um cantinho ondes possas "viver" o Natal com conforto e harmonia! Que o Menino Jesus te traga saúde e força para levares a tua aventura até à meta que tu traçares!E acima de tudo que sejas feliz! Muitos beijinhos e saudades de todos nós os 4 cá de casa!
Belacruz
Caro António
ResponderEliminarFaço votos que tenhas um Feliz Natal e que 2009 te traga a realização dos teus sonhos.
Escreve quando quiseres, sempre com a certeza de que a malta vai estar à espera para ler as tuas crónicas.
Um grande abraço
Mustafá
Interessantes essa ruínas Kuélap e a queda-de-água Gocta que não conhecia.
ResponderEliminarCurioso que passaste o ano de 2007/08 na ponta sul da américa, em Ushuaia, e agora este final do ano é no equador. Votos de Bom Natal e um 2009 ainda melhor que 2008!
Um Abraço,
fernando
Olá Amigo Queirós!
ResponderEliminarContinuo a seguir a tua aventura, com uma pontinha de inveja e muita admiração!
Que tenhas um Santo Natal e um Bom Ano de 2009. E continua a mandar as tuas crónicas porque aqui a malta já está viciada nelas e quando demoras mais alguns dias ficámos impacientes.
Um Grande Abraço do amigo,
José Calheiros.
Boas festas para ti meu amigo Queiroz.
ResponderEliminarContinua as tuas crónicas quando puderes e quiseres.
Ano Novo - Aventuras novas !
Um grande abraço e Beijos da minha esposa.
Arminda e José Valente - MCPorto
ti queirós, amigo de muitos moto rallies, que bom ler-te novamente, de partida para paris de frança LOL, não podia deixar de vir aqui deixar-te um grande abraço e os votos extremamente sinceros de um bom Natal e com a certeza de que te sentimos a falta, e de que te agradecemos a prenda de te sabermos bem e de todas as imagens e relatórios da tua viagem.
ResponderEliminarGrande abraço Queirós!
FELIZ NATAL! que estes nossos votos te cheguem na distância que nós, na nossa lembradura não nos esquecemos de Ti!
António Pedro o gajo da Gs preta que fazia os Moto rallies contigo e com o Zé Maia LOL!!!!!
Olá, então já arranjaste onde comer batatas com bacalhau?
ResponderEliminarNós cá em casa estamos nos preparativos.
Esperamos que tenhas um Bom Natal, e continua a mandar fotos, algumas onde apareças, para matar algumas saudades.
Beijos e abraços de todos nós
Inês
ola tio tone!! queremos desejar te um feliz natal e esperamos que passes um natal tao harmonioso como nós!!!
ResponderEliminarAbraços e beijinhos
Chico, Rui, Nuno e Joana
Grande Queiroz ! Continue a postar fotos e textos. Como podes ver, tem muita gente que gosta de ler e te acompanha, como eu. Feliz Natal, Feliz Ano Novo e Deus continua a iluminar os seus caminhos.
ResponderEliminarWaldomiro
Grande odisseia! Vou continuar a entusiamado acompanhar o desenrolar da aventura.
ResponderEliminarSaudações do Roadrunner e um Bom Natal para essas latitudes.
Que o ano de 2009 te continue a correr bem e que aproveites, um dia de cada vez, esta fabulosa viagem que ficará para sempre na tua memória! Desejo-te muito sinceramente um NATAL MUITO FELIZ.
ResponderEliminarUm abraço do teu amigo, Pimenta.
Boas Queiróz,
ResponderEliminarAgora ser complicado comer o bacalhauzito com batatas, mas que importa se ele continua por cá à tua espera nos Natais seguintes?
Interessa mesmo é o presente e este será concerteza diferente de todos os outros! Bom Natal e Bom Ano onde quer que seja.
PS já pediste mais pilhas duracel ao Pai Natal?
Abraço
Carlos A
Continuas na maior amigo.
ResponderEliminarBom Natal e vais têr um excelente 2009.
Um beijo da Zéza um abraço do Hugo e Manel.
BOM NATAL e um BOM ANO NOVO para ti pelas estradas das americas.
ResponderEliminarE desde já digo que paciência não nos falta, estamos sempre à espera de mais informação das tuas aventuras.
Um abraço
Mário Almeida (falcaodonorte)
Campeão Queirós!
ResponderEliminarEntão é preciso paciência para ler as tuas crónicas de viagem?
Paciência temos de ter enquanto não chega uma nova!
Obrigadão!
Esta última está muito porreira.
Espero que a consoada tenha sido agradável.
Estás um mototurista bem rijo!
Deves estar com um calo do caraças!
Entra em 2009 com o pé direito e a roda da frente!
Grande abraço
Nestes e Fina
Votos de um Bom Ano Novo cheio de paisagens deslumbrantes como as que nos tens mandado.
ResponderEliminarpedro leite