Uma das fotos que me tinha faltada enviar da regiao da Sierra de La Ventana.
A caminho de Viedma, onde ia para o encontro do Horizons Unlimited, havia um controlo “fitosanitario” para tentar travar a entrada da mosca da fruta na zona sul do país. Assim toda a gente tinha de parar e mostrar o que levava na bagagem. Quando chegou à minha vez eu perguntei se tinha mesmo de desmontar tudo. Vai tudo amarrado com esticadores e fitas e ia ser uma trabalheira tornar a amarrar tudo. Perguntaram-me se tinha comida e eu disse que sim. Conservas, arroz, azeite, sal, alho e maçãs. As maçãs foram confiscadas e pude seguir.
Pouco mais à frente o maquinista de um comboio que passava ao lado deu duas buzinadelas e quando olhei levantou a mão a saudar-me. Também o saudei. Até agora tenho cruzado com muitos camiões e autocarros cujos condutores me cumprimentam. Tinham-me dito para ter muito cuidado com eles mas até agora não me posso queixar. Também alguns condutores de automóveis me saúdam.
Pouco mais à frente o maquinista de um comboio que passava ao lado deu duas buzinadelas e quando olhei levantou a mão a saudar-me. Também o saudei. Até agora tenho cruzado com muitos camiões e autocarros cujos condutores me cumprimentam. Tinham-me dito para ter muito cuidado com eles mas até agora não me posso queixar. Também alguns condutores de automóveis me saúdam.
Quando cheguei ao parque campismo onde se realiza o encontro já lá estavam alguns conhecidos. Também encontrei o Alistair e a Maria que tinha conhecido no encontro dos H.U. em Góis no ano passado.
No sábado chegou o Arthur, o irlandês que tinha conhecido há duas semanas atrás. Tinha-lhe falado neste encontro e ele foi até lá para ver. Começou a cismar ainda mais em comprar uma moto para viajar em vez de andar de autocarro e à boleia. Da primeira vez que o encontrei ele disse-me que tinha uma moto mas nunca pensara em vir com ela para cá mas agora não pensa noutra coisa.
No sábado chegou o Arthur, o irlandês que tinha conhecido há duas semanas atrás. Tinha-lhe falado neste encontro e ele foi até lá para ver. Começou a cismar ainda mais em comprar uma moto para viajar em vez de andar de autocarro e à boleia. Da primeira vez que o encontrei ele disse-me que tinha uma moto mas nunca pensara em vir com ela para cá mas agora não pensa noutra coisa.
E pensava eu que trazia muita coisa na moto!
No domingo de manhã quando saímos para ir ver os lobos marinhos, a cerca de 30 quilómetros, começou um vento muito forte. Ia toda a gente devagar pois era preciso ir meio inclinado. Afinal tínhamos de ver os bichos de longe, do cimo da falésia. Não dava para chegar perto deles.
No regresso ao parque de campismo havia uma surpresa pouco agradável à espera de todos. O vento forte que soprou todo o dia fazia levantar pó e areia que conseguiam entrar na tem mais bem fechada.
Os argentinos só diziam que era a Patagónia. Há sempre vento e às vezes é mesmo forte.
No regresso ao parque de campismo havia uma surpresa pouco agradável à espera de todos. O vento forte que soprou todo o dia fazia levantar pó e areia que conseguiam entrar na tem mais bem fechada.
Os argentinos só diziam que era a Patagónia. Há sempre vento e às vezes é mesmo forte.
O ambiente no encontro é espectacular. Há motociclistas de todo o lado. Alguns vieram do Canadá, viajando há mais de um ano, também há argentinos, australianos, ingleses, norte-americanos, um holandês e, claro, um português no meio destes estrangeiros todos. Alemães, também, numa grande percentagem.
A maior parte vai seguir para sul para passar o natal e fim de ano em Ushuaia. Depois cada um irá para seu lado, que será mais ou menos o mesmo. Seguir em direcção a norte visitando os parques nacionais e naturais da cordilheira dos Andes.
É difícil descrever o que sinto por estar no meio destes viajantes todos. Alguns já repetem mas para a maior parte é a primeira vez. Lembro-me quando há uns anos via os motociclistas estrangeiros, alemães principalmente, a viajar nas suas motos com aquelas malas de alumínio e os sacos e ficava a pensar como seria poder um dia ir assim também mundo fora. Agora estou no meio deles e penso que escolhi a ocasião certa para começar esta viagem. Espero que tudo corra bem como até aqui.
A caminho do sul vou tentar ver algumas das coisas com interesse que há pelo caminho.
A maior parte vai seguir para sul para passar o natal e fim de ano em Ushuaia. Depois cada um irá para seu lado, que será mais ou menos o mesmo. Seguir em direcção a norte visitando os parques nacionais e naturais da cordilheira dos Andes.
É difícil descrever o que sinto por estar no meio destes viajantes todos. Alguns já repetem mas para a maior parte é a primeira vez. Lembro-me quando há uns anos via os motociclistas estrangeiros, alemães principalmente, a viajar nas suas motos com aquelas malas de alumínio e os sacos e ficava a pensar como seria poder um dia ir assim também mundo fora. Agora estou no meio deles e penso que escolhi a ocasião certa para começar esta viagem. Espero que tudo corra bem como até aqui.
A caminho do sul vou tentar ver algumas das coisas com interesse que há pelo caminho.
Península Valdez é a primeira só que fica um pouco longe para o que costumo andar. A minha ideia seria parar a meio do caminho, mas como a Ruta 3 tem pouco movimento e rectas quase sem fim deu para andar mais depressa e quando cheguei ao ponto que queria ainda era meia tarde. Resolvi continuar até ao principal objectivo pois assim teria dois dias para percorrer a península. Haveria mais tempo para ver as baleias, os pinguins, os leões marinhos e com sorte algumas orcas.
A Patagónia argentina nesta zona mais a norte é uma região seca e só com vegetação rasteira. Só planícies sem fim.
A Patagónia argentina nesta zona mais a norte é uma região seca e só com vegetação rasteira. Só planícies sem fim.
Em Puerto Pirâmides há um parque de campismo muito pobrezinho mas deu para ficar.
Vi a moto do Gerben mas ele não estava. Foi ver as baleias, disseram-me a Maria e o Alistair que estavam mais abaixo e me tinham visto chegar.
Nesta ocasião reparo que a roda da frente está vazia. Como?!
O primeiro furo na viajem. Como se estava a fazer tarde acabei de montar a tenda e fui comer e de manhã trato do caso. Até parece que foi praga, pois numa das paragens para meter gasolina um indivíduo perguntou-me se já tinha tido algum furo e eu disse que não. Não nesta viajem. Que coincidência!
Vi a moto do Gerben mas ele não estava. Foi ver as baleias, disseram-me a Maria e o Alistair que estavam mais abaixo e me tinham visto chegar.
Nesta ocasião reparo que a roda da frente está vazia. Como?!
O primeiro furo na viajem. Como se estava a fazer tarde acabei de montar a tenda e fui comer e de manhã trato do caso. Até parece que foi praga, pois numa das paragens para meter gasolina um indivíduo perguntou-me se já tinha tido algum furo e eu disse que não. Não nesta viajem. Que coincidência!
O Gerben ajudou-me a reparar o furo na roda da frente. Era um pico pequeno de alguma árvore. Havia mais no pneu mas felizmente só um picou a câmara. Ajudou trazer os pneus suplentes pois assim evitava pousar os discos no chão. Pouco depois o Gerben mostrou-me um pequeno prego que tirou da roda de trás da moto dele.
Ao final da tarde sempre fui ver as baleias, só que já é o final da época e só vimos quatro, duas mães com os filhotes, que mamam duzentos litros de leite por dia! As baleias estão nesta zona para reprodução e depois vão para sul, para o mar antártico.
No dia seguinte fui dar uma volta pela península para ver a bicharada e afinal não fiquei assim muito satisfeito com o que vi. Havia realmente os elefantes marinhos e lobos marinhos mas só se podiam ver à distância, apenas os pinguins se podiam apreciar mais de perto porque tinham os ninhos pela falésia acima.
Foram duzentos quilómetros de rípio que serviram para treinar um pouco já que ia com a moto sem bagagem. Mesmo assim estive algumas vezes para cair.
A meio da tarde cheguei ao parque de campismo e fui dar um mergulho no mar que fica mesmo por trás da vedação, que praticamente não existe. A água não estava muito fria e serviu para fazer o meu baptismo nestas águas do Atlântico sul.
De noite levantou-se um vento muito forte e de manhã estava tudo cheio de pó e areia. Para desmontar e enrolar a tenda foi o cabo dos trabalhos, mas depois de um certo esforço lá consegui arrumar tudo em cima da moto.
O vento esteve sempre forte até quase ao final da tarde. Nem sei quantas vezes a moto foi arrastada até quase à berma. Ia constantemente inclinado. O consumo é que foi assustador. Se quando houver distâncias muito grandes entre abastecimentos e estiver vento não sei como vai ser. Mas o vento vai amainar.
As planícies com as suas rectas enormes é que continuam…
Foram duzentos quilómetros de rípio que serviram para treinar um pouco já que ia com a moto sem bagagem. Mesmo assim estive algumas vezes para cair.
A meio da tarde cheguei ao parque de campismo e fui dar um mergulho no mar que fica mesmo por trás da vedação, que praticamente não existe. A água não estava muito fria e serviu para fazer o meu baptismo nestas águas do Atlântico sul.
De noite levantou-se um vento muito forte e de manhã estava tudo cheio de pó e areia. Para desmontar e enrolar a tenda foi o cabo dos trabalhos, mas depois de um certo esforço lá consegui arrumar tudo em cima da moto.
O vento esteve sempre forte até quase ao final da tarde. Nem sei quantas vezes a moto foi arrastada até quase à berma. Ia constantemente inclinado. O consumo é que foi assustador. Se quando houver distâncias muito grandes entre abastecimentos e estiver vento não sei como vai ser. Mas o vento vai amainar.
As planícies com as suas rectas enormes é que continuam…
Ola tio tone!!! continua assim na tua viagem, tens todo o nosso apoio!!!
ResponderEliminarA avo dete esta cheia de saudades!
Beijos da avo dete, do tio nuno e do chico
É mesmo uma aventura,mas pela forma como a contas......não a trocavas pr nada.
ResponderEliminarForça e Boa Viagem
Graciano
Olá Antonio.
ResponderEliminarFotos lindas. Continue mostrando as belezas do trajeto. Valeu!!!
está a valer a pena a viagem. força Queirós. A. Pedro
ResponderEliminarQueirós,
ResponderEliminarContinua a gozar essa viagem, porque como tu disses, "estás no meio deles".
Eu digo Tu és um deles, um mototurista.
Um Abraço
Paulo Oliveira
"É difícil descrever o que sinto por estar no meio destes viajantes todos."
ResponderEliminarGrande Queirós, nem precisas de dizer mais nada.
É fabuloso podermos seguir a tua viagem desta forma.
Muito Obrigado por a partilhares desta maneira.
A foto da baleia é tua?
Goza a vida! Força!
Um Bom Natal
Nestes
Olá queiros, cuidado com o vento e desde já desejo-te um bom natal.
ResponderEliminarNuno
Alô Antonio, sou motociclista morador aqui em Curitiba-Pr (400km ao sul de S.Paulo)Pretendo fazer este caminho, tambem de moto.
ResponderEliminarEstou torcendo pelo seu sucesso. Parabéns pela sua narrativa. Boa Sorte. Feliz Natal.
Toniolo
Até que enfim!
ResponderEliminarFinalmente o Tone começa mostrar serviço. Foi preciso dizerem-lhe que estava a ficar barrigudo para ele se deixar de assados e começar a viajar a sério...
Grande Queirós ainda não é desta que vou ter contigo, os gajos voltaram a errar nos números do Aeromilhões, Irra que há gajos burros...
Dá cumprimentos ao Alistair e à Maria e diz-lhes que para o ano têm de vir outra vez contar as aventuras deles no Encontro HU em Portugal.
Para ti um grande abraço e votos que os ventos te corram de feição
E preciso alimentar-se bem para enfrentar as batalhas de cada dia. Continue relatando e mandando fotos. Daqui posso aproveitar da sua viagem, sem sair de casa, por enquanto. Isso sim é que é sensação de liberdade. A vida é bela. Aproveite !!!!!
ResponderEliminarContinua a deixar-nos maravilhados com essas paisagens e as tuas aventuras Queirós. Força Amigo
ResponderEliminarUm excelente Natal para ti !!!
Valente
É isso mesmo Amigo Queirós!
ResponderEliminarPodes não achar mas tu és um deles!
Obrigado pelas tuas crónicas e continua assim!
Um Bom Natal para ti!
A malta, cá, continua a seguir os relatos.
Um Abraço,
José Calheiros.
Queirós, a sua viagem é um espectáculo. Tenho pena de não poder estar aí mas seguindo a sua narrativa quase diária, é como se eu o acompanhasse. Força, não desista e continue a mandar-nos essas fotos lindas. FIRMINO.
ResponderEliminarQueirós, a sua viagem é um espectáculo. Tenho pena de não poder estar aí mas seguindo a sua narrativa quase diária, é como se eu o acompanhasse. Força, não desista e continue a mandar-nos essas fotos lindas. FIRMINO.
ResponderEliminarQueirós, a sua viagem é um espectáculo. Tenho pena de não poder estar aí mas seguindo a sua narrativa quase diária, é como se eu o acompanhasse. Força, não desista e continue a mandar-nos essas fotos lindas. FIRMINO.
ResponderEliminarA vida continua o tempo passa..., existem os que vão ao sabor do tempo e os que o vêm passar.
ResponderEliminarPois é infelizmente eu estou aqui a velo passar, parado no meu cantinho...
Continua ao sabor do tempo, que ele é todo teu. Para um mototurista como tu a meta é o infinito.
Boas curvas,ou neste caso rectas
Um FELIZ NATAL
Mário Almeida
Grande Queiroz.
ResponderEliminarSegues ao sabor das estradas, como se não houvesse amanhã. Estou acompanhando todos os dias.
FELIZ NATAL !!!!!!!!!!!
Olá Queirós!
ResponderEliminarAs tuas crónicas são verdadeiros raios de sol para os nossos dias frios e cinzentos!
As fotos, os locais, os teus relatos - tudo serve para estarmos aí contigo! É verdade! Uma verdadeira delícia!
Desejo-te Um Excelente Natal na companhia de outros grandes viajantes como tu, simples e corajosos, com um gosto imenso por viajar e conhecer outros povos.
Bom Natal!
Ola Queiros
ResponderEliminarDesejo-te um bom Natal e um feliz ano novo ai no fim do mundo.
Abraco
Eusebio Pedro
Quem vive como você, não tem medo do amanhã. Que tenhas só alegrias, sempre.
ResponderEliminarUm Natal cheio de coisas boas é o desejo da família dos "Restauradores da Granja"
ResponderEliminarUm grande abraço
Gabriel Soares
OLÁ QUEIRÓS TUDO DE BOM, BOA VIAGEM E SAÚDE.
ResponderEliminarSÁ E FAMILIA (C.C.TROFA)
olá Antonio!
ResponderEliminarparabéns pela viagem!
lindas fotos e belos relatos!!!
se precisar de um apoio, dê um toque:
recusa@terra.com.br
estou no interior de
São Paulo-Brasil
abraços
Alexandre, Clube XT600