domingo, junho 28, 2009

Em Revelstoke, por terras do Canadá

Já ando a rolar por terras do Canadá. Neste momento estou em casa de um casal amigo que conheci na Argentina, o Peter e a Carol. Aproveitei para fazer a manutenção da moto e mudei as velas e o óleo e filtro. Agora estou preparado para enfrentar a recta final do meu objectivo.
Para cá chegar, depois de visitar o Yellowstone Park, fui continuando para norte procurando sempre seguir por estradas secundárias, nas principais há muito movimento e andam muito depressa.
Um dos pontos a visitar era o Glacier National Park mas ainda ficava longe. Parei para dormir em Drummond onde conheci um casal muito simpático, estivemos na conversa e a beber umas cervejas durante algum tempo.
No dia a seguir de manhã estava a chover mas parou pouco depois. Tentei fugir da estrada inter-estatal mas não deu. Quando estava a virar para o acesso vi um sinal a dizer “Garnet Ghost Town”. Fiquei a magicar se valeria a pena passar por lá ou não mas já estava na estrada e não podia voltar atrás.Segui até perto de Missoula onde virei à direita para ir por uma estrada mais secundária. Mais à frente havia outro sinal para a cidade fantasma e sempre fui lá ver.
Tive de seguir alguns quilómetros por uma estrada de terra e finalmente cheguei à cidade que tinha meia dúzia de casas, dizia lá que era a cidade fantasma mais bem conservada de Montana.
Andei lá pelo meio a imaginar o que seria a vida daquela gente nos tempos da corrida ao ouro.
Em Kalispell, no dia seguinte, tive de mudar o pneu traseiro que já estava a ficar mais careca do que eu. Comprei um pneu de taco para ver se consigo fazer melhor as estradas lá mais para o norte.
Cheguei ao Glacier Nat.Park, na entrada oeste em Apgar, ao início da tarde. Montei a tenda e fui dar uma volta pela estrada para o Sol, nome da estrada. A estrada estava fechada a partir de certo ponto por causa de desabamentos e pela neve.
Mesmo no ponto da barreira havia um trilho para o lago Avalanche. Fui até lá e era uma maravilha. Ao redor as montanhas tinham neve e havia algumas quedas de água.

Como o parque tinha outra entrada tive de o contornar para chegar lá. Nessa ligação vi um urso negro na berma da estrada.

Entrei por St. Mary e fui para o campismo em Rising Sun. Fui dar uma volta até à barreira na estrada. Não havia nada para ver. Mais abaixo um trilho levava a umas cataratas e meti por lá.
As primeiras cataratas não eram nada de especial mas as segundas, Virginia Falls, já eram mais grandiosas. Como sempre veio uma chuvada no regresso.

No parque de campismo, ao meu lado, estavam quatro americanos e um deles, o Jay, convidou-me para me juntar a eles e beber uma cerveja. Claro que aceitei e estive a contar um pouco da viagem que ando a fazer. De manhã deu-me um cartão e disse que se passasse no Minnesota para os ir visitar.
Daqui até ao Canadá era uma distância curta. Na fronteira deixei o cartão verde que me deram na entrada dos Estados Unidos. O funcionário carimbou-me o passaporte para provar que tinha saído do país. Entrar nos Estados Unidos é um problema.
No Waterton Lakes National Park tentei levantar dinheiro mas as ATMs não tinham o meu sistema de cartão. Tive de levantar algum a crédito.


Não tinha muito para ver, para mim, e continuei no dia seguinte.
As estradas tornaram-se muito longas. São muitos quilómetros de rectas sempre por planícies com muito gado.
Ao passar em Frank Slide fui ver o que seria e vi que era sobre uma antiga cidade que foi quase toda soterrada por um desabamento da montanha sobranceira. Ainda vi um documentário sobre isso.A tarde foi quase toda de chuva. Passei em Fort Steele, uma outra cidade antiga, mas bem reconstruída.
Em Skookumchuck, a chuva já tinha parado, vi que havia um parque de campismo e ainda por cima com internet. Fiquei aí.
Tinha uma mensagem da Cheryl a perguntar quando passava por Victoria. O Narko, o Orkatz e o Axel já passaram por lá. Eu disse que também iria passar mas não sabia quando.
Em Radium Hot Springs tinha de pagar a entrada no parque Kootenay. Achei que seria melhor comprar o passe anual pois por cada dia é preciso pagar uma taxa.
Ao subir a montanha vi uma cabra montesa na estrada, por acaso ia devagar e pude parar para tirar umas fotos.

Cheguei a Lake Louise ao final da tarde e arranjei lugar no parque de campismo, que é meio caro. Ainda fui ao centro da vila, caminhando ao longo do rio, para comprar alguma comida.Fui ver o famoso Lake Louise, tinham-me dito que não o podia perder.

Era bonito mas na hora em que cheguei lá começou a chover. Fui andar na borda do lago e entretanto a chuva parou. Mais à frente havia um outro trilho que levava até uma casa de chá no planalto dos seis glaciares. Foi preciso subir bastante e algumas vezes atravessar a neve, poucos metros mas mesmo assim fazia impressão.

Era bonito ver o vale lá ao fundo com um rio de cor azulada a correr. De vez em quando lá vinha uma chuvada.
Ao anoitecer, no parque de campismo conheci a Annita, uma moça suíça, que anda numa auto-caravana a passear sozinha pelos Estados Unidos e Canadá. Disse-me que tinha tirado dois meses para dar uma volta pois estava a precisar de desanuviar.
Quando acordei de manhã a chuva já tinha parado e estava tudo meio seco. Abasteci, pois havia uns avisos a dizer que seriam 230 quilómetros até Jasper sem gasolina mas mais tarde vim a ver que havia um posto a uns setenta quilómetros. Arranquei com o céu nublado mas sem chuva. Pelo caminho ia parando para tirar umas fotos e ainda fui ver mais umas quedas de água.
Fui ver o Peyto Lake que por acaso foi interessante por causa da sua cor azul esverdeada.
Ao entrar no Jasper Nat. Park em Columbia Icefields havia um glaciar e montes de gente para ver o gelo. Até havia um autocarro preparado para andar na neve que levava as pessoas lá pelo meio do glaciar. Se calhar era interessante mas nem perguntei o preço. Não estava interessado, até porque estava um frio danado.
Em Jasper fui para o parque de campismo Whistlers, a uns quatro quilómetros da cidade. Ao montar a tenda começou a chover e mesmo no final carregou.
Fui até à cidade, ao final da manhã, para conhecer um pouco e ver algumas informações sobre onde ir. Andei pela velha estação de comboios e ao longo das avenidas.
Após almoçar segui para o Maligne Lake, tinha visto que seria interessante. Fui subindo na estrada, até cerca dos dois mil metros onde fica o lago.

A meio caminho fica o Medicine Lake, assim chamado pelos índios pois era um lago com uma grande medicina ou magia. O lago durante o verão quase fica seco e a água de um rio desaparece. Os geólogos descobriram que havia umas fendas no fundo do lago por onde a água saía e ia aparecer num outro lago a uns dezassete quilómetros.

À medida que ia subindo ficava cada vez mais frio. Junto ao Maligne lake apenas dei uma volta e decidi regressar a Jasper.
Ao passar junto do Medicine Lake havia umas cabras na estrada e toda a gente parava para tirar fotografias, também parei. Ao fim de um pedaço as cabras começaram a vir para o espaço onde tinha a moto estacionada e aproximaram-se demasiado. Disse a uma delas para se afastar e ela começou a rosnar para mim. Eu tinha visto quando ia para cima que uma das cabras se roçava num dos carros e não queria que fizessem o mesmo na moto pois podiam deitá-la ao chão. Arranquei antes que houvesse algum problema.
Ao final da tarde, no parque de campismo, um motociclista americano chamou-me e disse que me queria apresentar alguns outros motociclistas. Eram canadianos da ilha de Vancouver. Estivemos a conversar um pedaço e um deles disse que se passasse por lá podia ficar em sua casa e deu-me um cartão. Não sei o que se irá passar.
O percurso que queria seguir passava por uns lugares muito bonitos. A certa altura pensei que daria para chegar a casa do Peter e da Carol antes da noite mas ao chegar a Vavenby a estrada que o GPS me indicava para seguir era de terra batida. Cortava pelas montanhas e até era boa mas estava a chover e não queria arriscar. Ainda andei uns dez quilómetros mas resolvi voltar atrás, seriam uns 140 quilómetros até ao final, pois tinha medo de cair e aquela era uma estrada pouco utilizada.

Fiquei num parque campismo em McLure eantes que a chuva voltasse a aparecer. De manhã o tempo já estava melhor e até o sol ia espreitando pelo meio das nuvens.
Vi num cartaz uma indicação de um ponto de interesse e fui ver. Era o lugar onde foi colocado o último prego para completar a ligação por caminho de ferro entre a costa oeste e a costa leste do Canadá.
Ainda parei em mais um lago antes de chegar a Revelstoke.
O Peter estava em casa e a Carol chegou pouco depois. Vou ver se fico uns dias por aqui para preparar a ida até ao norte. A moto está pronta e já tenho um kit de transmissão para trocar quando voltar a passar por aqui.
Agora só falta mesmo estudar as estradas a percorrer, não há muitas, e ver os pontos de abastecimento de água, comida e gasolina. Sei que haverá algumas partes onde a autonomia da minha moto não será suficiente e terei de levar gasolina suplementar.
Mas espero que tudo vá correr bem. Quero ver o sol da meia-noite e se tiver sorte alguma aurora boreal.
***
O desenho do percurso destes últimos dias já foi actualizado.

Revelstoke, N 50º 59,918’ W 118º 11,265’

sábado, junho 13, 2009

Depois dos canyons os parques nacionais

Esta actualização do blogue demorou mais uns dias porque ultimamente tenho acampado mais e não consigo aceder à internet. Apenas quando fico nalgum motel que tenha internet poderei actualizar, mas daqui para a frente será mais espaçado pois os motéis são muito caros. Pode ser que alguma vez tenha de ficar nalgum motel e se tiver oportunidade talvez actualizar.
»»
Quando cheguei ao Bryce Canyon fui logo ao campismo para arranjar lugar. Tenho visto que ao início da tarde ou meia tarde os lugares esgotam.
Fui caminhar pelos trilhos ao longo do canyon e deu para ver que este tinha umas formações rochosas muito especiais. Aquelas colunas de cor avermelhada eram diferentes de qualquer coisa que me lembro de ter visto.
Caminhei ao longo do crista e depois no Queens Garden Trail que baixava para o fundo do canyon. Então a perspectiva era diferente. Um trilho ia contornando e seguindo pelo meio daquela floresta de colunas de pedra.Mais à frente engatei no Peekaboo Loop Trail que já começava a subir outra vez para a borda do canyon. Ao chegar ao Bryce Point ainda pensei descer no vaivém mas achei que ainda daria para voltar a pé ao ponto de partida. Continuei pela borda do precipício admirando aquelas figuras que os índios chamavam “Hoodoo”. Disseram que eles diziam que eram deuses mas depois vi no documentário no centro de visitantes que eles achavam que eram pessoas que se transformaram nessas colunas.

A meio da tarde veio mais uma trovoada que despejou alguma água. Tem havido quase todos os dias destas trovoadas e chuvadas.
A visita seguinte passaria pelo Capitol Reef, um parque com desfiladeiros e vales de contornos interessantes.
O parque de campismo era jeitoso, como têm sido todos dentro dos parques nacionais mas não têm chuveiros, nem deixam lavar roupa nem louça nos quartos de banho. É pena, mas vou lavando e ninguém diz nada. Tomar banho é que é pior, em especial depois de uma caminhada, mas o cheiro a suor não é muito.

Segui o rio, Fremont, a par da estrada durante um pedaço. Foi um trecho muito agradável.
Mais à frente começou uma região desértica mas também com formações rochosas lá pelo meio do planalto.

Ao chegar ao Arches National Park vi logo à porta que o parque de campismo estava esgotado.
Fui ver ao longo do rio Colorado como eram as zonas de campismo por aí mas eram demasiado simples e sem água. Procurei em dois parques organizados mas eram muito caros, 22 dólares.
Ao meter gasolina tinha perguntado a um outro motociclista onde poderia trocar o óleo da moto e ele indicou-me uma loja à saída da cidade. Ao procurar vi um sinal de um hostel com camas a 9 dólares. Fui ver.
É como um hostal da América do Sul. Fiquei num dormitório de quatro camas e posso utilizar a cozinha. Além disso tem chuveiros e uma sala com televisão, não é que vá ver muito.
O hostel, Lazy Lizard, émuito agradável. Fica na saída da cidade para quem vem de norte, o GPS indicava N 38º 33,353’ e W 109º 32,113’. Oxalá houvesse mais hostels como este.
Fui visitar o Arches National Park.
Os arcos não estão tão visíveis da estrada como pensei. Para se verem em melhores condições é preciso caminhar um pedaço.
Para ver o “Delicate Arch” e ainda os Landscape Arch, Navajo Arch, Partition Arch e Doble O Arch é preciso seguir uns trilhos que demoram horas a percorrer, na ida e na vinda.



Têm algum interesse mas esperava outra coisa. Não sei bem o quê.
No regresso ainda fui ver os “Windows Arch” e o “Torret Arch”.
Subi uma estrada junto ao rio Colorado. O vale tem umas paredes impressionantes. Numa certa ocasião parecia que o rio ia a subir. A parede do lado do rio tinha umas linhas que estavam inclinadas e subindo para o ponto de onde o rio vinha que dava a impressão que o rio estava a subir.
Andei um pouco e depois voltei atrás. Havia umas formações rochosas que pareciam as do Monument Valley.
Pensei passar por Salt Lake City, não sei porquê mas este nome lembra-me alguma coisa.
Tentei encontrar um retrovisor novo pois o espelho direito partiu há dias mas não encontrei.
Andei pela cidade com o computador debaixo do braço a ver se encontrava algum lugar onde pudesse utilizar a internet mas não achei nenhum. É certo que não procurei muito.
Vi uma igreja que parecia a sede do Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, não sei se foi aqui que esta religião começou. Por isso o nome da cidade me dizia alguma coisa.
Ainda passei na antiga estação de comboios.
Pensava ir para o Flaming Gorge Nat. Rec.Area mas apontei para norte e segui por uma estrada que atravessava a Wasatc-Cache Nat. Forest. No início não esteve mal mas depois começou a subir e a ficar muito frio. A partir de uma certa altitude havia neve nas bermas da estrada.
Em Woodruff virei para norte para o Bear Lake. O frio foi-se mantendo mas agora também fazia muito vento. Estava um tempo incómodo para viajar.
Junto ao lago, Garden City, um motel custava 75 dólares (mais taxas) e um parque campismo custava 30 dólares (mais taxas). Tudo muito caro. Fui continuando.
Fiquei em Montpellier num pequeno motel, pois estava a começar a chover e fazia muito frio.No dia seguinte de manhã não chovia quando saí. A estrada seguiu sempre por uma zona muito bonita mas a chuva voltou e em força durante algum tempo. Quando a chuva parou, ou quase, estava a chegar a Alpine onde parei para almoçar.

A partir daqui a estrada subia o vale do Snake River.
Já mais perto do Grand Teton Nat. Park o sol até apareceu e animou-me mais um bocado.
Abasteci a moto e comprei alguma comida, já estava a precisar para acampar.
Dentro do parque nacional encontrei lugar logo no primeiro ponto de campismo. Havia avisos sobre os ursos que até metiam medo, mas se calhar com razão. Em cada espaço havia uma caixa de ferro para se guardar os alimentos.
Fui caminhar um pouco à volta do Jenny Lake.

Choveu quase toda a noite.
Tive de desmontar a tenda e preparar tudo debaixo de uma chuva que parava e voltava. Penso que foi a primeira vez nestes meses todos que tive de guardar a tenda molhada.
Fiquei noutro parque campismo mais a norte ainda dentro do Grand Teton N. Park.
Fui andar mais um pouco à volta dos lagos e quando já estava de regresso começou a chover. Logo agora que o dia estava a correr tão bem a chuva tinha de aparecer.

Entrei no Yellowstone National Park pela entrada sul e logo de início havia muita neve ao longo da estrada. O frio também estava presente, o que valia é que não havia chuva.
Numa das paragens conheci um motociclista da Florida que me disse que tentara ir ao Alasca, umas semanas antes, mas teve de voltar para trás pois chovia demasiado. Espero que quando eu andar para aquelas bandas não chova como ele disse.
O parque de campismo é meio caro, 21 dólares, mas lá terá que ser. O lugar onde fiquei está meio rodeado de neve. Tem estado um frio jeitoso. Por aqui a altitude anda pelos 2.400 metros, por isso é meio frio.
A catarata mais famosa fica perto do campismo e foi a primeira visita. Andei um pouco a pé pelos trilhos. O canyon onde fica a catarata é bem bonito.
O rio Yellowstone vem de mais acima e no Hayden Valley cria uma paisagem fantástica. Muitos animais andam por aí, em especial os bisontes.
Por todo o lado há géiseres e fumarolas.

Cheguei à zona do Old Faithfull passava um pouco das quatro da tarde. A última erupção tinha sido há alguns minutos. Bem me parecia quando me aproximava que via uma grande quantidade de vapor de água. Fui ao centro de visitantes saber qual era a previsão da próxima erupção. Seria por volta das cinco e vinte, com dez minutos de tolerância.
Havia tempo de dar uma volta por ali e ver os outros geiseres. São mais que muitos e todos têm um nome. As pequenas nascentes de água também têm nome e algumas delas têm cores muito bonitas, é pena as fotos não mostrarem ou sou eu que não sei tirar as fotos.

A chuva que não parava de cair aumentou de intensidade mesmo na hora do velho entrar em erupção. Pensei que fosse mais espectacular. Lançou uns jactos de água e vapor durante um ou dois minutos, não estive a controlar, e depois voltou à posição de sempre a lançar algum vapor.

O regresso ao parque de campismo foi sob uma chuva forte durante uns quilómetros mas depois parou e ainda deu para secar.
Fui ver as nascentes Mamot Hot Springs. Realmente foi uma coisa que mereceu a visita.
As formações e cores que havia por lá eram fora do normal, para mim. Pareciam pequenas escadas de pedra mas irregulares. Algumas fontes criaram regatos coloridos.



Uma parte estava seca devido um terramoto, de há uns anos. Terá desviado o curso das águas. Talvez um outro volte a alterar tudo.
Esta região está assente sobre uma zona vulcânica e dizem que tem mais de mil tremores de terra por ano, mas apenas os aparelhos os detectam.
Hoje o dia já esteve muito bom, quase sempre sol e só mesmo no regresso a chuva fez uma ameaça.
Há muitas coisas para ver mas não vou passar aqui muitos dias. Dois e meio já chegam por agora. Já vi muitas cataratas, planícies, montanhas e animais.
A manhã surgiu com o sol meio esquisito a tentar aparecer mas sem muita força.
Arranquei em direcção à saída nordeste do parque pois nas palestras da noite dois dos Rangers disseram que era uma estrada muito bonita.
Foi bonita, sim senhor. A estrada atravessava um vale com bastantes bisontes e num certo ponto deu para ver dois alces, penso eu.

Mais à frente a estrada cruzava as montanhas pelo Bear Tooth Pass, nos mais de 3.300 metros de altitude, e nessa zona havia muita neve. Tive de pôr os óculos de sol pois o brilho era demasiado intenso, quando o sol conseguia furar as nuvens. Ainda pensei que iria cair neve pois viam-se nuvens muito negras e estava bastante frio, mas deu para passar sem a neve cair.


Ao voltar a descer para um planalto nos 1.400 metros o frio foi diminuindo.
Numa pequena aldeia depois de Columbus ainda se viam velhos edifícios.
Ao passar em Big Timber fui ver e no Lazy J Motel havia internet e o preço era de 60 dólares, meio caro mas já andava a precisar de tomar um banho e lavar alguma roupa, não que cheire mal mas convém lavar, apenas as meias deitam algum cheiro. Além disso também necessitava de ir à internet.
Agora parece que o tempo está a mudar e a chuva até parou. Espero que continue assim por muitos mais dias.

Big Timber, N 45º 50,257’ W 109º 56,895'