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sábado, maio 30, 2009

Do Colorado ao Utah

Depois que saí de Colorado Springs a estrada segue sempre por zonas montanhosas, afinal estou nas Montanhas Rochosas.
Passei no Monarch Pass onde dizia que se fazia a separação das águas que correm para o Atlântico e para o Pacífico.
Fui descendo até um ponto onde havia um lago que depois vim a ver era uma represa. Antes de atravessar uma ponte parei para fazer umas fotos mas logo depois que atravessei tive de parar outra vez pois viam-se do outro lado uns penhascos enormes, fantástico.
Antes da cidade de Cimarron, parei num parque de campismo anexo a um centro de informações sobre o cañon do Rio Grande. O parque de campismo era muito simples.
Antes de anoitecer ainda fui caminhar um pouco ao longo do rio que corria por um desfiladeiro incrível. Lá mais para o fundo, quase perto de uma barragem, estava um comboio sobre um estrado. Uma locomotiva e dois vagões representavam a antiga via férrea que ligava Denver a Colorado Springs, penso eu. A linha foi desactivada nos anos quarenta do século XX.

Passei pelo Black Canyon que era espectacular. Desci por uma estradinha até junto do rio e tive de voltar para trás mas valeu a pena. Foi preciso voltar a subir e de que maneira.
Fui ao outro lado e deu para apreciar melhor a altura que aqueles penhascos tinham. Era impressionante. Uma das paredes rochosas parecia desenhada, por isso lhe chamavam Painted Wall.
Depois de Montrose segui por uma estrada mais secundária que também era um espectáculo. As cores verdes, escura e clara, faziam um contraste maravilhoso.
Quando subia para o Lizzard Head Pass começou a chover bem e não dava para fazer uma foto. Mesmo ao chegar lá acima a chuva parou e já consegui fazer umas fotos mas havia muitas nuvens.
Ao final da tarde cheguei ao Mesa Verde National Park, várias pessoas me tinham dito que não deveria perder. A chuva voltou a cair ao início da noite mas de manhã já não chovia.
No centro de visitantes comprei um bilhete, era obrigatório, para poder visitar um dos “pueblos”, pequenas aldeias construídas nas paredes dos desfiladeiros.
Juntei-me ao grupo para ir visitar essa aldeia. Foi preciso descer bastante para lá chegar.
Foi uma visita muito instrutiva e interessante. A aldeia, chamaram-lhe Cliff Palace, é das maiores que há por aqui. Os arqueólogos não sabem por que razão o povo que habitava estas aldeias as teve que abandonar.
A meio da tarde começou a chover outra vez. Ainda dei mais uma volta por outra zona do parque. Havia mais casas nos desfiladeiros mas também havia algumas no planalto.
Na saída do parque, na cidade de Cortez, vi uma exposição de carros e parei. Fui dar uma volta lá pelo meio para apreciar. Não havia muitos mas os modelos eram sobretudo antigos e transformados.

Como quase no meu caminho ficava o monumento “Four Corners”, único ponto onde se juntam quatro estados, resolvi passar por lá. Fiquei um pouco desiludido. Apenas uma roda com as bandeiras dos estados e um desenho no chão com os nomes. Pensei que seria algo mais grandioso.
Voltei à estrada para seguir a caminho do “Monument Valley”. Queria passar por lá pois tinha na memória imagens espectaculares, sobretudo pelos inúmeros filmes de cowboys ali realizados. O pior estava para vir. A chuva estava a ameaçar e sempre veio. Pouco antes de entrar no famoso vale ainda fui fazendo umas fotos mas depois foi impensável.

Chovia e as nuvens não deixavam ver quase nada.
Atravessar o vale foi uma desilusão pois não vi as imagens que tinha na cabeça. Paciência.
Depois do vale ainda havia algumas formações interessantes e apesar de a chuva ter parado ainda se mantinham as nuvens.
Ao final da tarde começou a chover mesmo a sério e com um vento demasiado forte. Tive de ficar num motel.
O Grand Canyon teria de ficar para o dia seguinte.
Cheguei ao parque pouco depois da uma da tarde. Entrei por Desert View e fui logo para o parque de campismo. O cartão de acesso aos parques nacionais também serve para ter desconto nos parques de campismo dentro desses parques nacionais, 50%.
O problema é que sendo só um pago sempre pelo lugar, ou lote ou como se lhe queira chamar, o mesmo que um grupo de quatro ou seis pessoas ou até aquelas grandes auto-caravanas.
Também em quase todos os motéis acontece o mesmo, pago um quarto que pode ser ocupado por três ou quatro pessoas.
Fui ver o tal Grand Canyon mas a neblina provocada pela chuva não deixava ver em condições mas mesmo assim era impressionante.
A meio da tarde o sol começou a aparecer e fui percorrer a estrada até à outra ponta para ir apreciando melhor outras zonas. Pelo caminho fui parando várias vezes para ir espreitar o Canyon pois havia vários pontos para isso. Demorei quase duas horas e meia para fazer os quarenta quilómetros.


Voltei mesmo a tempo de ainda ir tirar umas fotos ao pôr-do-sol. Ainda se via muita neblina mas mesmo assim foi lindo.
O dia seguinte surgiu com sol mas ainda havia neblina.
Pensei ir ver a parte norte do Canyon e fui seguindo por uma estrada que passava por uma zona com umas formações rochosas muito interessantes em especial ao passar no Marble Canyon.
A volta para chegar à parte norte, North Rim, foi de uns 350 kms. Depois de entrar no Parque Nacional ainda foi preciso andar uns bons quilómetros por um planalto coberto de erva e no meio de uma floresta muito verde.
No parque de campismo não havia lugar. Fui dar uma pequena volta só para tirar umas fotos e regressei à saída. A paisagem era muito igual mas vi pessoas a comentar que era mais bonito que a parte sul, talvez.
Afinal tinha de voltar a fazer setenta quilómetros para arranjar um parque de campismo onde ficar. Em Jacob Lake havia um e fiquei aí.
Uma família, Geery, de americanos de Phoenix que estava junto a mim convidou-me para jantar com eles. Foi uma noite muito agradável. Era um casal, a Cindy e o Jeff, com três rapazes, Cody, Ian e Peyton. Todos eles têm moto, 3 Honda XR 650 e 1 Honda XR 350, menos a senhora. O Peyton a certa altura pegou numa viola e começou a tentar tocar umas canções.

Enquanto tomávamos o pequeno almoço o Jeff perguntou-me se queria ir com eles fazer um percurso fora de estrada até um parque nacional. A mulher iria no jipe com o filho mais novo por estrada e encontrar-nos-íamos lá nesse parque, Kodachrome Basins Park, acho eu.
Eu disse que poderia tentar ir até onde pudesse e depois veria.Quando entramos na parte da terra pensei que daria para aguentar. Uns dez quilómetros à frente o Jeff perguntou ao condutor de um jipe que vinha em sentido contrário como estava o caminho. Ele disse que mais à frente havia muita lama.
Fomos até lá e realmente era demasiada lama. Eu disse que não seguiria mas se eles quisessem poderiam continuar. Mas ele disse que não seguiam. Íamos voltar atrás.
Nesse momento começou a chover e em dois minutos o chão ficou como manteiga. A lama pegava-se à roda da frente e eu não conseguia andar. A moto seguia meio de lado com a roda traseira a patinar pois a da frente estava presa com a lama. De repente foi uma queda.
O Jeff veio atrás para me ajudar a pôr a moto de pé. Também já tinha caído, assim como um dos rapazes. Realmente era uma lama pegajosa como nunca vi.
Tirei o guarda-lamas da frente pois tinha lido uma história semelhante. E resultou.
Consegui sair do lamaçal e mais à frente o piso já estava seco.
Voltámos à estrada e depois de atestar voltou a vir uma chuvada forte.
Parece que a chuva não me larga. Na América do Sul não tive muita chuva mas por aqui já tem sido alguma, não demasiada mas já é suficiente.
Eles seguiram para se juntar à família e eu segui para o Zion National Park.
Ao chegar lá os parques de campismo estavam lotados. Procurei onde ficar e como era tudo caro indicaram-me um lugar onde poderia acampar por uma noite, num campo à beira-rio.
No dia seguinte de manhã já consegui arranjar lugar mas ao início da tarde o parque já estava esgotado.
Aproveitei um vaivém para ir visitar o vale do Virgin river. Fui até ao ponto mais acima e saí nessa paragem, Templo de Sinawava. Segui junto do leito do rio até um ponto onde acabava o trilho mas havia pessoas que se metiam pela água dentro para ver as gargantas mais acima. Ainda pensei ir também mas achei que não valeria a pena. Mais tarde vi no guia que era preciso pagar mais 10 dólares, 1 ou 2 pessoas, para poder ir até Narrows, nome dessa garganta. Se tivesse ido poderia ter sido multado. Não sei.

Vim para baixo e fui parando nalguns pontos para ver essas paredes rochosas impressionantes. Andei num trilho pela meia encosta, Emerald Pools, e deu para apreciar melhor aquele vale espectacular. Vi uma pequena cascável que um miúdo estava a indicar ao pai.

Na parte final da tarde e na penúltima paragem do vaivém saí e fui a pé até ao campismo. Ao longo do rio dava para ver as cores do pôr-do-sol.
O dia esteve bom e não choveu.

No dia seguinte de manhã apareceram a Cindy, o Cody e o Peyton. Tinham vindo no dia anterior e visto a minha moto desde a estrada.
Disseram que na noite em que estiveram no Kodachrome Basins Park choveu de tal maneira que tiveram de ir para um motel.
De tarde fui fazer mais um trilho que tem uma vista sobre outro vale, Pines Canyon. O trilho para ver o vale passa ao longo de um desfiladeiro muito profundo e estreito.
A vista sobre o vale é magnífica, “dramatic view” como dizem os americanos.
O dia estava óptimo quando me levantei e arrumei tudo para partir.
Fui seguindo estrada fora e um pouco antes do Bryce Canyon começa a estrada 12 que passa por um lugar espectacular, o Red Canyon, com umas formações rochosas espantosas de um tom avermelhado.
Aqui começou a chover. Ainda parei para almoçar a ver se a chuva também parava mas não foi assim.
Entrei no Bryce Canyon National Park para ver se dava para acampar mas estava a chover muito. O parque até tinha muitos lugares por isso mesmo.
Fui até Cannonville, uns quinze quilómetros depois do parque. Quando procurava um motel um rapaz numa moto 4 de campo parou perto de mim e perguntou para onde ia. Eu disse que estava à procura de um motel e ele disse para não ir em frente, para o tal Kodachrome Basins Park, pois deveria haver muita lama na estrada.
Apesar de meio caro fiquei no motel e amanhã vou até ao Bryce Canton se o tempo estiver bom. Senão não sei. Vou seguindo para norte.

Cannonville, N 37º 34,124’ W 112º 03,277’

terça-feira, maio 19, 2009

A caminho do far-west

Uma semana, ou melhor dez dias, foram suficientes para recarregar baterias para enfrentar um mundo novo, para mim.
Foram uns dias muito agradáveis na companhia do Lou e de alguns amigos que o visitaram.
Aproveitei para levar a moto a fazer uma pequena revisão pois já fez uns 55 mil kms desde que partimos da Dakarmotos em Buenos Aires.
A moto tem estado impecável e sempre responde sem problemas. A preparação feita na Mototrofa, antes de vir, foi feita por pessoas que sabem o que fazem.
Quando perguntei se era necessário fazer alguma coisa quando chegasse às grandes altitudes apenas me disseram: Nada!
E realmente já subi e desci montanhas com milhares de metros de altitude e a moto sempre respondeu bem. Às vezes quando tentava acelerar mais um bocado, pois sentia a moto muito lenta, ela não respondia e eu pensava que já estava a fraquejar. Mas depois olhava para o GPS e via que íamos nos 3.800 ou mais metros de altitude e claro que a moto não podia responder tão rápido, faltava-lhe o ar.
Até agora, nos Estados Unidos, só tenho encontrado gasolina com 85 a 91 octanas. As bombas têm sempre três qualidades com 2 octanas de diferença e já encontrei também algumas vezes gasolina com etanol, 10%. A grande maioria das vezes meto gasolina da mais barata, 85 a 87, e a moto não se queixa e vai mantendo os níveis normais de consumo.
Mas vamos ao que interessa.
Na segunda, dia 11, arranquei com o Lou, pois ele também ia sair para casa da mãe lá para o Nebraska, e seguimos juntos todo o dia até casa de uns amigos, o Chester e a Holi, onde pernoitamos.

Para completar a recepção, depois de uma visita a uma plantação de “pecan”, fruto muito parecido com a noz, fomos jantar uma grande posta de carne grelhada que foi uma maravilha. Já não comia carne assim desde a Argentina.
Como o Lou ainda tinha muitas centenas de milhas para fazer até chegar a casa da mãe tivemos de nos levantar cedo. Depois de um pequeno-almoço saboroso partimos.
Já há muito tempo que não precisava de vestir o forro interior do blusão pela manhã. Mas estava fresco e foi melhor do que a meio do caminho ter de parar para o vestir.
Ao fim de uns quilómetros foi preciso dizer adeus e seguir cada um para seu lado. O Lou para Norte e eu para Oeste. Voltaremos a ver-nos se tudo correr bem.
Indo eu a caminho do Oeste vi que as planícies continuavam e muito secas. Todos falam que não tem chovido o necessário.
Vi muitos daqueles mecanismos para bombear petróleo. Afinal o Texas é o estado americano com mais petróleo, tirando talvez o Alasca, não sei.
Entrei no Novo México e tudo continuava quase igual. Algumas informações de trânsito eram ligeiramente diferentes mas sempre a mesma paisagem.
Ao passar em Roswell não vi nenhum extra-terrestre nem naves espaciais.
Ao aproximar-me de Albuquerque vi uns sinais da “Route 66”. Saí da estrada principal e fui para uma paralela, a tal Route 66, onde arranjei um motel para dormir.

No dia seguinte passei em Albuquerque para tentar contactar uma pessoa que teria algumas informações par me dar mas não estava.
Eu já sabia mais ou menos para onde ir e dirigi-me ao Pueblo dos Acoma. É uma pequena aldeia construída numa “mesa”, uma daquelas formações rochosas que se vêm nas planícies. A aldeia foi reconstruída e quase ninguém vive lá. As casas são quase todas de segunda habitação.


Não achei assim nada de especial.
A histórica estrada 66 segue ao longo da Inter-estatal 40 durante muitos quilómetros. A certo ponto havia uma ponte antiga, já em desuso mesmo pela estrada actual. Parei para fazer umas fotos. Depois de alguns quilómetros a estrada acabava e era preciso ir pela inter-estatal, mas o trânsito era medonho e logo que pude voltei à antiga 66. Numa ocasião a estrada saía para mais longe e até estava quase destruída, havia largas centenas de metros de terra batida.
Passei no Chaco Canyon para ver as ruínas de umas aldeias que teriam sido habitadas até ao século XII.
Na entrada do centro de visitantes estava um sujeito com um telescópio especial para se poder ver o sol. Fui dar uma espreitadela e deu para ver uma mancha solar e uma daquelas chamas que o sol lança de vez em quando.
Aproveitei para comprar um cartão que dá acesso a todos os parques, florestas e monumentos nacionais. Espero que fique mais barato assim.
Dei uma volta pelo desfiladeiro para ver as ruínas mas eram mais umas ruínas.

A estrada para sair do desfiladeiro tinha alguns quilómetros de terra batida que era mesmo terra moída pela passagem dos carros. Foi preciso ir com muita atenção pois aquilo era como manteiga. Tinha de passar em Santa Fe para ir buscar o cartão do banco onde abri uma conta. Em muitas bombas de gasolina quase só se pode meter gasolina com um cartão. Os que tenho nenhum funciona, não sei porquê nem ninguém me soube explicar. Assim também posso transferir dinheiro de Portugal e evitar que o banco me cobre comissões por cada levantamento ou compra que faça com os cartões que tenho.
Com o GPS foi fácil dar com o sítio. O pior foi dar com o cartão. Estavam lá umas pessoas que foram amáveis e procuraram mas não encontraram. Foi preciso telefonar para a senhora do escritório, Angelina, para saber onde estava. Depois de descoberto foi-me entregue sem mais problemas.
O Lou tinha-me dito que em Taos poderia dar uma volta pela montanha que era interessante.
Fui nessa direcção e ao passar na cidade vi umas placas sobre o museu de Kit Carson. Achei estranho mas interessante e fui visitá-lo.
Uma senhora contou uma curta história sobre a vida de Kit Carson e a sua relação com os caçadores e índios, do ódio e apreço que fez suscitar. Também falou sobre uma bandeira, de 34 estrelas, que Kit Carson levantou e desafiou alguém a baixá-la, na altura em que os mexicanos tentavam manter o seu poder sobre a região. Ninguém o fez e por essa razão Taos é uma de catorze cidades com o privilégio de poder ter a bandeira americana hasteada dia e noite. Foi uma visita agradável.
Durante a visita vi uma referência ao monte Pikes Peak. O Eusébio Pedro tinha-me enviado uma mensagem para não perder esse ponto. Achei que deveria procurar novamente pois não o havia encontrado no mapa.

A partir de Taos a estrada seguia pela Floresta Nacional de Carson e mais à frente vi um parque de campismo e fiquei aí. Procurei no mapa e encontrei o monte Pikes Peak. Estaria a uns 400 quilómetros e teria que dar uma a volta por cima e ir ver esse ponto onde em tempos se subia a rampa com carros de rali.
Essa noite foi meio fria. Já há muito tempo que não dormia na tenda e estava a uns dois mil metros de altitude no meio da floresta.
Realmente a volta pelas montanhas foi muito porreira. Estrada boa para rodar e paisagem maravilhosa.
Em Eagles Nest tinha de cortar à esquerda para chegar à estrada principal. Desta vez era a descer e voltou a ser planalto.
Foi sempre a rodar até Colorado Springs.
No início da subida para o Pikes Peak havia um posto de controlo para cobrar 10 dólares. O cartão que havia comprado uns dias antes não dava para esta montanha.
A subida foi espectacular. A estrada está quase toda asfaltada e apenas tem alguns em terra batida mas de bom piso. A certa altura, talvez nos três mil metros, começou a fazer um pouco de frio mas nada de grave. A neve também apareceu mas nas encostas e na berma da estrada.


Lá em cima havia bastante neve mas não fazia muito frio. Custava a respirar e tive de lembrar-me que estava a mais de 4.200 metros para andar devagar de um lado para o outro.

Na descida parei algumas vezes para apreciar e tirar umas fotos. Também pensei algumas vezes na loucura que seria fazer toda aquela rampa de terra batida, uns 30 quilómetros, nos carros de rali.

Voltei à cidade e depois de almoçar fui ver se encontrava alguma oficina para trocar o pneu da frente que já está a precisar, além de evitar multas com a polícia. Perguntei onde poderia encontrar uma oficina mas foi preciso dar umas voltas até me indicarem uma.
Azar, era segunda-feira e estava fechada.
Tive de voltar lá para trocar o pneu. Apesar de não ter hora marcada trocaram-me mas tive de esperar até depois da uma da tarde. Um casal alemão não teve essa sorte pois queriam trocar todos os pneus. Compraram-nos e carregaram com eles.
Enquanto esperava vi alguns modelos de moto diferentes das que vemos em Portugal.

Ainda fui ver o Parque Garden of Gods. Um parque com umas formações rochosas muito bonitas.

Agora vou seguir a caminho do oeste para o Arizona.
Lembrei-me dos filmes do oeste, de cowboys como lhes chamávamos, quando um daqueles arbustos secos que passavam nas ruas das cidades a rolar também passou à minha frente num dia de vento. Só faltavam mesmo os índios.
Este país é muito grande e tem muito para se visitar o problema é que é preciso pagar para entrar em todos os lados e não é pouco. O nível de vida é demasiado elevado mas espero aguentar até ao fim do planeado.

Manitou Springs, N 38º 51,337’ W 104º 52,831’