Na última noite na cidade de Panamá estive a conversar com duas portuguesas, mãe e filha, que estavam a passar uns dias de férias com duas amigas alemãs. Elas são de Terras de Bouro mas vivem na Alemanha.
Na manhã seguinte arranquei só, pois os outros já tinham saído no dia anterior, em direcção ao norte do Panamá. Tinham-me dito que iria haver um encontro de motociclistas numa cidade próximo da fronteira e eu apesar de não ser muito adepto de concentrações queria tentar ver como eram por aqui.
Ao entrar em David, a tal cidade, encontrei o Marko numa bomba de gasolina. Também ele andava a ver se encontrava o pessoal das motos.
Perguntámos a várias pessoas mas ninguém nos sabia dizer nada. Telefonámos a um dos motociclistas que nos disse onde seria o ponto de encontro. Fomos procurar um hotel para dormir e depois fomos para o tal ponto de encontro. Ninguém apareceu por lá à hora combinada. Telefonámos para dois números que nos tinham dado mas não atendiam. Ainda esperámos mais de meia hora e resolvemos ir jantar e beber umas cervejas.
Por aqui o calor tem sido terrível. Durante o dia mesmo a andar na moto se sente o calor e à noite pouco refresca. Logo de manhã já faz calor.
Na manhã seguinte aproveitei para ir lavar a moto para tentar limpar o sal que teria acumulado durante a travessia desde a Colômbia.
Arrancámos, eu e o Marko, em direcção à fronteira e chegámos lá por volta das onze horas. A saída do Panamá não foi demorada mas a entrada na Costa Rica já demorou um pedaço.
Depois de carimbar o passaporte fomos à Alfândega para dar entrada das motos. Um rapaz que estava na bicha disse-nos que era preciso fotocópias dos documentos e fomos arranjá-las.
Mais de meia hora depois chegou a nossa vez e o funcionário deu-nos uns papéis para preencher. Mais um pedaço de espera e finalmente tratou do nosso caso. Preenchidas as importações temporárias levou-as a outra sala onde uma funcionária registou alguns dados e foi ver as motos. Apenas viu as matrículas e deu um papel para entregar ao passar um controlo da passagem logo na saída da zona da alfândega. Tudo isto terá demorado umas duas horas. Seria uma hora da tarde, meio dia na Costa Rica, quando pudemos seguir.
Arrancámos em direcção a San José sob um calor abrasador.
A paisagem é monótona. Algumas elevações e sempre muita floresta. Vêem-se grandes plantações de coqueiros. A certa altura senti a roda traseira um pouco estranha e a deslizar. Parei mais à frente e vi que tinha um furo. Fui com a moto à mão até uma gasolineira que havia um pouco mais à frente para fugir do sol. Uns minutos depois o Marko veio para trás à minha procura.
Tentei reparar o furo mas ao meter a câmara nova dei-lhe uma traçadela. O Marko levou a roda a uma oficina mais à frente para reparar.
Como já não iríamos chegar de dia a San José resolvemos ficar numa cidade que nos surgiu, Buenos Aires. Depois de uma tentativa para chegar a uma Zona Biológica para acampar voltámos para trás. O caminho era muito pedregoso e o Marko não conseguiu fazer uma subida pois o piso estava muito enlameado.
Saímos pela manhã com um sol radioso e muito calor. Mais à frente a estrada começou a subir as montanhas e o frio apareceu.
Passámos por um camião deitado de lado.
Mais acima na montanha começou a chover e apareceu nevoeiro. O frio mantinha-se e foi hora de parar para comer alguma coisa.
Ao chegar a Cartago o Marko disse que havia um vulcão com uma lagoa e fomos montanha acima para ver. O pior foi ao entrar na reserva natural do vulcão. Estava muito nevoeiro e os guardas do portão disseram que não valeria a pena entrar. A melhor hora de visita seria de manhã. Descemos à cidade e tentamos encontrar um sítio onde ficar. Tudo muito caro. Eu ainda disse que talvez mais próximo da estrada principal se encontrasse algum lugar, mas nada. Fomos seguindo até entrar em San Jose.
Depois de umas voltas, como de costume, conseguimos encontrar onde ficar.
Dentro da cidade, num cruzamento deixei cair a moto. Ia atrás do Marko e pensando que ele ia arrancar também arranquei mas ele parou por causa do sinal. Não consegui segurar a moto e ela caiu. Logo algumas pessoas me ajudaram a pôr a moto de pé. Um pouco mais tarde ao entrar para a garagem do hostal parei na entrada e não encontrei chão debaixo do pé e a moto mais uma vez foi ao chão e eu também, mas sem consequências físicas.
Telefonei a um português que está a viver em San Jose. Ele tinha-me enviado uma mensagem a dizer para o contactar quando passasse por aqui.
Fui almoçar com ele. Deu para conversar um pedaço.
O Marko foi ver um vulcão e abalou.
O dia seguinte começou quase com uma queda à saída do hostal. Mesmo no final da subida da garagem a mala direita encostou na parede e quase caí.
A estrada passa por zonas de montanha e floresta semelhantes a outras por onde passei. Vêem-se campos de cana de açúcar e de ananases.
Ao chegar ao lago Arenal a paisagem muda um pouco. Já há mais montanha.
Encontrei o hotel onde a Carola, no dia seguinte seria o seu aniversário. É meio caro mas por duas noites não será demais.
Dentro do estacionamento um jipe bateu na moto e partiu os suportes do pisca direito da frente. Foi preciso desmontar a carenagem para colar os apoios partidos.
Por volta da uma da tarde fomos ter com um casal de canadianos, o Luis e a Judy, para ir dar uma volta no seu barco. Deu para aproximar do vulcão Arenal mas as nuvens não deixavam ver o topo. Ao fim de pouco tempo começou e chover e voltámos para terra.
O Ali, alemão que tinha conhecido há mais de um ano na Argentina, também lá estava com a mulher, Ana de seu nome.
Quando me estava a preparar para sair fui mordido por um dos três cães que ali havia.
Depois de descer e ter deixado o casaco e o capacete na moto e quando ia subir as escadas o cão grande deu-me uma dentada. A princípio pensei que iria só ladrar como de outras vezes mas não. Desta vez deu-me mesmo uma dentada. Quando levantei as calças tinha um pouco de sangue por ter arranhado. As calças também tiveram um rasgo, pequeno.
Ninguém ligou nada quando disse o que tinha acontecido. Tive de lavar e desinfectar o arranhão. Despedi-me da Carola, do Ali e da Ana e parti.
Foi uma estadia que não correu bem. O Agua Inn era caro e nem tinha água quente e uma das janelas não tinha cortina. Não havia privacidade. Não aconselho a ficar lá.
Resolvi ir para a Nicarágua, lá sempre seria mais barato. Pelo menos todos me diziam isso.
Na fronteira, sempre as melgas a querer dinheiro para ajudar, depois da saída da Costa Rica a entrada na Nicarágua foi meio complicada.
Tive de passar pela fumigação da moto e pagar três dólares, sessenta Córdovas.
Fui carimbar o passaporte e aí tive de pagar sete dólares de taxa de turismo. Tive de andar à procura de um polícia e de um inspector da alfândega para me assinarem um papel que me tinham dado à entrada. Depois tive de voltar à alfândega para me fazerem a importação temporária da moto, mas antes ainda tive de ir fazer um seguro e mais doze dólares.
Quando já estou na saída da zona alfandegária tive de pagar mais um dólar de imposto municipal de circulação.
Só taxas e impostos!
A estrada foi seguindo ao longo do lago Nicarágua mas está tudo muito seco. Ao fundo do lago vêem-se dois vulcões e um deles ainda parece fumegar.
Pensei que seria melhor ficar em Granada pois já era quase o final da tarde.
Andei às voltas pela cidade. Tem um centro histórico interessante, mas como muitas outras.
De tarde encontrei um sítio onde mudar o óleo à moto. Já tinha mais de seis mil quilómetros. Quando se abriu o depósito o mecânico disse que estava bastante queimado.
Como ia passar junto do vulcão Masaya achei que deveria valer a pena uma visita. Foram 80 córdovas para entrar. Fui até ao centro de visitantes mas estavam lá dois autocarros com miúdos de escola e continuei até ao cimo. O vulcão está em actividade mas apenas lança fumo. Mal dava para ver o interior. O que valia é que estava algum vento e empurrava o fumo.
No estacionamento havia indicações para deixar os veículos virados para a saída, não fosse dar-se o caso de ter de sair a correr.
Fui continuando para norte. A estrada, bastante boa, atravessava uma região muito seca. Talvez por não ser época de chuva. Ainda bem para mim mas era um pouco desolador.
Entrei nas Honduras com a ideia de apenas atravessar o país. Todos me diziam que não haveria muito que ver e seria meio caro. E além disso a polícia só quer dinheiro.
Atravessei o país sem tirar uma foto. Sempre paisagem muito seca.
Ao entrar em El Salvador fumigaram a moto. Não me cobraram nada.
Tratar da entrada da moto foi meio complicado mas ao fim de algum tempo já rolava outra vez. Sempre sob um calor sufocante.
Fui até El Tamarindo, junto ao mar, mas não havia onde ficar. Ainda perguntei mas disseram que não havia nada. Continuei e mais a frente virei para El Cuco.
El Cuco fica junto ao mar e o hotel onde fui era meio caro mas já estava a ficar noite e resolvi ficar. A praia é mesmo ao lado. Juntei aos “links” dos viajantes o do Orkatz, para quem souber ler euskera, e o do Johan, em inglês e africaans.
El Cuco, N 13º 10,409’ W 88º 06,477’
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domingo, março 22, 2009
quarta-feira, março 11, 2009
Panamá, cidade de Panamá
Atravessar o Darien Gap é uma tarefa quase impossível. Na última crónica tinha dito que uma estrada teria sido construída e depois abandonada por causa de problemas surgidos na região. Tinha lido algumas coisas sobre este assunto e deduzido isso.
Agora conheci uma versão diferente. A estrada nunca foi construída. Os americanos dos Estados Unidos não deixaram que se construísse a estrada para atravessar o Darien Gap para poderem controlar a importação de gado dos países da América do Sul.
Seria mais fácil verificar as condições de saúde dos animais quando os barcos chegassem aos portos do que se fossem transportados em camiões. Queriam evitar o contágio dos seus próprios animais.
Foi esta a história que me contou um estado-unidense, o James, em Cartagena.
Chegou no barco em que fiz a travessia para o Panamá. Com ele ia um casal de sul africanos, o Johan e a Charmain, que anda a dar uma volta ao mundo de moto. Disseram-nos que a travessia tinha sido terrível com o barco sempre a abanar.
Entretanto chegou um espanhol, melhor dizendo basco, o Orkatz, com uma Harley e um alemão, o Marko, com uma Virago. Eu quando os vi nem queria acreditar que estavam a usar esse tipo de motos para andar por estes países. Ambos disseram que eram as suas motos e nunca lhes deram problemas. Claro que nas estradas de terra era um pouco mais complicado andar.
Na quarta-feira dia 4 ainda chegou outro alemão, o Axel, e um casal de canadianos, o Dug e a Cheryl, também com a ideia de passar para o Panamá. Mas estes três já tinham feito uma reserva para o barco, o Stahlratte.
Eu, o Orkatz e o Marko apenas falamos com o capitão do barco para ele nos levar e não houve problema.
Na sexta de manhã ainda se juntou mais um grupo de pessoas que anda a viajar sem veículo próprio.
Depois de quase uma semana em Cartagena seria bom ir para o mar. Poucas vezes saía do hostal para grandes passeios. O calor era sufocante e mais valia ficar a beber umas cervejas bem frias e conversar que andar na rua.
Agora conheci uma versão diferente. A estrada nunca foi construída. Os americanos dos Estados Unidos não deixaram que se construísse a estrada para atravessar o Darien Gap para poderem controlar a importação de gado dos países da América do Sul.
Seria mais fácil verificar as condições de saúde dos animais quando os barcos chegassem aos portos do que se fossem transportados em camiões. Queriam evitar o contágio dos seus próprios animais.
Foi esta a história que me contou um estado-unidense, o James, em Cartagena.
Chegou no barco em que fiz a travessia para o Panamá. Com ele ia um casal de sul africanos, o Johan e a Charmain, que anda a dar uma volta ao mundo de moto. Disseram-nos que a travessia tinha sido terrível com o barco sempre a abanar.
Entretanto chegou um espanhol, melhor dizendo basco, o Orkatz, com uma Harley e um alemão, o Marko, com uma Virago. Eu quando os vi nem queria acreditar que estavam a usar esse tipo de motos para andar por estes países. Ambos disseram que eram as suas motos e nunca lhes deram problemas. Claro que nas estradas de terra era um pouco mais complicado andar.
Na quarta-feira dia 4 ainda chegou outro alemão, o Axel, e um casal de canadianos, o Dug e a Cheryl, também com a ideia de passar para o Panamá. Mas estes três já tinham feito uma reserva para o barco, o Stahlratte.
Eu, o Orkatz e o Marko apenas falamos com o capitão do barco para ele nos levar e não houve problema.
Na sexta de manhã ainda se juntou mais um grupo de pessoas que anda a viajar sem veículo próprio.
Depois de quase uma semana em Cartagena seria bom ir para o mar. Poucas vezes saía do hostal para grandes passeios. O calor era sufocante e mais valia ficar a beber umas cervejas bem frias e conversar que andar na rua.
Na quinta fomos tratar das papeladas e carregar as motos no barco. O Stahlratte é um veleiro de 40 metros e já uns bons 130 anos de idade. Tem motor mas navega sobretudo à vela.
Quando saímos do porto içaram-se as velas e o barco lançou-se a toda a velocidade para o alto mar. Aqui começou mais uma experiência que tão cedo não esquecerei.
O vento era forte e fazia balançar o barco para a esquerda e para a direita de tal maneira que dava a impressão que iria fazê-lo ficar de patas para o ar. Mas o barco aguentava e ia subindo e baixando nas ondas que cada vez eram mais altas. De repente lá vinha uma onda mais alta e a água salpicava tudo. Logo a seguir uma rajada de vento inclinava o barco até a água começar a entrar na coberta. Quase sempre a inclinação era para o lado esquerdo.
Consegui aguentar sem enjoar mas quando queria ir à parte mais baixa onde ficava o dormitório não aguentava muito tempo. O calor abafado fazia-me ficar mal disposto.
Na hora do almoço alguns não quiseram comer mas eu disse que não podia passar sem comer.
E toda a tarde o barco subia e baixava e inclinava uma e outra vez.
Para andar era um perigo. Era preciso ir sempre agarrado a qualquer coisa para não cair ou ser projectado borda fora.
O final da tarde o capitão perguntou se alguém queria ajudar nos turnos de vigia e condução durante a noite. Alguns disseram que sim e a mim calhou-me ficar da meia noite até às três da manhã.
Não conseguiria dormir mas por volta das oito e meia fui para a cama para descansar um pouco. Às vezes parecia que ia cair abaixo com a inclinação que o barco alcançava.
Por volta das nove ouvi um grito, em alemão, e vejo o Marko e o capitão a correrem para cima. A tripulação era toda alemã.
Pus-me a pé e fui ver o que se passava.
O vento estava a tornar-se mais forte e uma rajada mais forte tinha rasgado uma vela. Foi preciso baixá-la e ainda uma outra. A partir daí o barco manteve-se mais estável. Ainda inclinava mas já não metia medo.
Consegui aguentar sem enjoar mas quando queria ir à parte mais baixa onde ficava o dormitório não aguentava muito tempo. O calor abafado fazia-me ficar mal disposto.
Na hora do almoço alguns não quiseram comer mas eu disse que não podia passar sem comer.
E toda a tarde o barco subia e baixava e inclinava uma e outra vez.
Para andar era um perigo. Era preciso ir sempre agarrado a qualquer coisa para não cair ou ser projectado borda fora.
O final da tarde o capitão perguntou se alguém queria ajudar nos turnos de vigia e condução durante a noite. Alguns disseram que sim e a mim calhou-me ficar da meia noite até às três da manhã.
Não conseguiria dormir mas por volta das oito e meia fui para a cama para descansar um pouco. Às vezes parecia que ia cair abaixo com a inclinação que o barco alcançava.
Por volta das nove ouvi um grito, em alemão, e vejo o Marko e o capitão a correrem para cima. A tripulação era toda alemã.
Pus-me a pé e fui ver o que se passava.
O vento estava a tornar-se mais forte e uma rajada mais forte tinha rasgado uma vela. Foi preciso baixá-la e ainda uma outra. A partir daí o barco manteve-se mais estável. Ainda inclinava mas já não metia medo.
À meia-noite fui fazer o meu turno mas o vento já tinha acalmado um pouco e o barco já deslizava mais suavemente. Mas mesmo assim viam-se as ondas lá em cima quando o barco entrava no espaço mais fundo. Havia luar e a noite estava espectacular.
Por volta das nove o Orkatz acordou-me pois já estávamos a chegar ao arquipélago de San Blas, na costa do Panamá.
Por volta das nove o Orkatz acordou-me pois já estávamos a chegar ao arquipélago de San Blas, na costa do Panamá.
O vento ainda soprava forte mas no meio das ilhas o mar estava mais sereno.
As ilhas são muito pequenas com uma areia muito fina e branca. Os coqueiros são a quase totalidade de vegetação que consegue sobreviver nestas ilhotas.
As ilhas são muito pequenas com uma areia muito fina e branca. Os coqueiros são a quase totalidade de vegetação que consegue sobreviver nestas ilhotas.
Ao final da tarde fez-se um churrasco numa das ilhas e ficámos por ali até quando nos apeteceu. O vento ia soprando mas não era frio.
Fomos até uma outro ilha mas são todas iguais.
Ainda pensei que visitaríamos alguma ilha habitada mas não. Só no dia seguinte quando nos aproximámos de terra para descarregar as motos e a nós próprios é que apenas nos aproximamos de algumas ilhas habitadas.
Veio um oficial das “Migraciones” a bordo para carimbar os passaportes e logo a seguir chegaram duas canoas para nos levarem e às motos.
Ainda fiquei a magicar como seria mas o capitão disse que eles já estavam habituados.
Ainda fiquei a magicar como seria mas o capitão disse que eles já estavam habituados.
Ainda estávamos meio longe de terra e as ondas faziam a água entrar dentro das canoas mas conseguimos entrar na foz de um rio sem afundar.
Rio acima já era mais calmo e sem ondulação
O primeiro ponto onde seria para pôr as motos em terra não parecia bom e ainda teríamos de atravessar o rio a vau mais acima. Negociámos um preço para nos levarem as motos mais acima e foi mesmo no ponto onde era necessário cruzar o rio. Valeram a pena esses cinco dólares extra pois o rio levava uma corrente forte e seria difícil de atravessar, em especial para a Harley e a Virago que se iriam afogar.
Rio acima já era mais calmo e sem ondulação
O primeiro ponto onde seria para pôr as motos em terra não parecia bom e ainda teríamos de atravessar o rio a vau mais acima. Negociámos um preço para nos levarem as motos mais acima e foi mesmo no ponto onde era necessário cruzar o rio. Valeram a pena esses cinco dólares extra pois o rio levava uma corrente forte e seria difícil de atravessar, em especial para a Harley e a Virago que se iriam afogar.
Havia uns trinta quilómetros pelo meio da selva numa estrada enlameada e cheia de subidas e descidas que assustavam. Quando chegávamos a um desses pontos subia um de cada vez não fosse haver algum azar. Numa das subidas, para nós descida, estava uma carrinha a tentar subir e não conseguia. As rodas patinavam e não conseguia avançar. Eu só pensei que estava a estragar a estrada para nós.
Conseguimos descer todos sem cair mas várias vezes a roda traseira escorregava apesar de ir em primeira e quase não travar.
Quando chegámos à estrada de asfalto foi um alívio.
Chegámos ao final da tarde à cidade de Panamá.
No dia seguinte pela manhã fomos tratar de dar entrada da moto. Foi preciso dar umas voltas mas finalmente conseguimos.
O Dug e a Cheryl seguiram para norte pois têm de regressar ao Canadá sem demora.
Nós fomos visitar e ver o canal em funcionamento nas “Esclusas Miraflores”. Foi interessante ver um barco enorme passar por um espaço onde apenas havia meio metro de cada lado até às paredes do canal.
Quando chegámos à estrada de asfalto foi um alívio.
Chegámos ao final da tarde à cidade de Panamá.
No dia seguinte pela manhã fomos tratar de dar entrada da moto. Foi preciso dar umas voltas mas finalmente conseguimos.
O Dug e a Cheryl seguiram para norte pois têm de regressar ao Canadá sem demora.
Nós fomos visitar e ver o canal em funcionamento nas “Esclusas Miraflores”. Foi interessante ver um barco enorme passar por um espaço onde apenas havia meio metro de cada lado até às paredes do canal.